Operação contra fraudes no Eusébio afasta dois agentes públicos e prende sete pessoas

Grupo criminoso teria faturado mais de R$ 7,6 milhões

Atualizada às 12 horas

A Prefeitura do Eusébio foi alvo de operação contra fraudes em licitações na manhã desta quarta-feira, 19. Na Operação Banquete, realizada pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), foram cumpridos sete mandados de prisão, 17 de busca e apreensão e outros dois de afastamento da função pública.

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De acordo com o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), o grupo criminoso faturou mais de R$ 7,6 milhões por meio da combinação de propostas entre licitantes e constituição de empresas em nome de "laranjas". Além de agentes públicos, empresários também foram alvo da operação que teve apoio da Polícia Civil.

Foram apreendidos documentos, aparelhos celulares, computadores e dinheiro. A quantia, calculada em R$ 46 mil, foi encontrada na casa de um empresário, ainda conforme o MPCE. O órgão informou que as investigações começaram há dez meses, ainda em 2019, e apontaram que empresários do ramo de alimentação e serviços gráficos teriam se associado para fraudar licitações e dispensas, em vários órgãos da prefeitura.

Ministério Público teve apoio da Polícia Civil
Ministério Público teve apoio da Polícia Civil (Foto: Divulgação/MPCE)

"O grupo criminoso teria se valido de pessoas de baixa renda para figurarem como sócias meramente formais das empresas, garantindo e ocultando o desvio de recursos públicos para os verdadeiros donos. Os investigados teriam contado ainda com auxílio criminoso de servidores e dirigente de órgão público", diz o MPCE em nota.

O POVO procurou a assessoria de comunicação da Prefeitura do Eusébio, que ficou de se posicionar sobre o caso. No entanto, até o começo da tarde desta quarta-feira, 19, a reportagem não recebeu resposta oficial.

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