Obras de modernização do Museu da Imagem e do Som estão na reta final, segundo a SOP

Os trabalhos de reforma e ampliação do Museu já alcançaram 85% de execução, com a supervisão da Superintendência de Obras Públicas (SOP)

08:53 | Ago. 19, 2020

Por: Ismia Kariny
São quase R$ 16,8 milhões investidos para o empreendimento, que compõe a rede de equipamentos da Secretaria da Cultura (Secult) (foto: DIVULGAÇÃO/SOP )

O Museu da Imagem e do Som (MIS) está na reta final das obras de modernização, com 85% dos trabalhos de reforma e ampliação executados, segundo informou a Superintendência de Obras Públicas (SOP) na tarde desta terça-feira, 17. O equipamento fica localizado próximo ao conjunto de prédios que integram a sede do Governo do Ceará, em Fortaleza. São quase R$ 16,8 milhões investidos para o empreendimento, que compõe a rede de equipamentos da Secretaria da Cultura (Secult). Os serviços se concentram na instalação e testagem da rede elétrica, fixação do piso externo, pintura e acabamentos finais.

O equipamento apresenta dois espaços principais, em uma extensão de 2.700 m². O primeiro é a casa, destinada à administração e pequenas exposições. O segundo é um bloco maior, multifuncional, voltado para exposições de longa duração e eventos, onde está a maioria das novas estruturas - o chamado Novo MIS. Esse bloco será climatizado e receberá um elevador, conforme o diretor de Obras Especiais da SOP, Silvio Campos.

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“Enquanto na casa todos os espaços foram recuperados e estão prontos para receber de volta parte do acervo, o novo prédio de cinco pavimentos receberá equipamentos adquiridos pela Secult, que são os aparelhos de ar-condicionado e um elevador monta-carga para o transporte seguro das peças do museu”, explica Silvio em nota. O projeto de modernização do museu ainda conta com diversos ambientes para acomodar o acervo audiovisual que retrata a história cearense.

Estão previstas no projeto a construção de áreas de vivência e técnica, como estúdios para edição de vídeo e gravação de som; sala de triagem e revisão de filmes; salas de projeção e locais para exposição e atividades culturais. O MIS também terá laboratórios de conservação, digitalização e fotografia; além de auditório, biblioteca, café e pátio externo. “Com a obra pronta, o Ceará terá um dos museus mais modernos e bem equipados do Brasil e integrado ao complexo do Palácio da Abolição”, projeta Fabiano Piúba, titular da Secretaria Estadual de Cultura (Secult).

Segundo o secretário da Cultura, a Casa, que foi tombada como Patrimônio Cultural e Histórico, passou por uma reforma e restauração que realça seus aspectos arquitetônicos, dando-lhe condições mais adequadas para receber exposições. No entanto, ela também terá o funcionamento da área administrativa no local.

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“Tão relevante quanto este restauro é a construção do Novo MIS, um equipamento extremamente moderno em sua concepção arquitetônica, mas também funcional, estética, conceitual e em sua gestão vinculada às políticas de patrimônio cultural, acervo e memória”, complementa Fabiano Piúba. Ele destaca que o Novo MIS será um espaço com condições para um programa rico em exposições, formação e pesquisa, com a salvaguarda do seu acervo.

Museu da Imagem e do Som

 

O espaço onde está instalado o Museu da Imagem e do Som foi residência de propriedade do ex-senador Fausto Augusto Borges Cabral, nos anos 1950. Em 1963, ele passou a ser residência oficial do Governo do Estado, e, posteriormente, tornou-se o local onde funcionava o Museu Antropológico do Ceará.

A inauguração do MIS ocorreu em 1980. Hoje, ele possui um acervo de mais de 160 mil itens, entre discos, fotos, filmes, VHS, DVDs. O equipamento guarda ainda aparelhos antigos como televisores, monóculos, máquinas fotográficas e uma variedade de registros preciosos da história cearense, da cultura popular, além do teatro, artesanato, cinema e música.

O diretor do Museu, Silas de Paula, destaca que o equipamento é público e depende do apoio contínuo da comunidade. “É preciso ter sempre em mente que esses museus não têm fins lucrativos; são participativos, transparentes e trabalham em parceria ativa com grupos diversos para coletar, preservar, pesquisar, interpretar, exibir e aprimorar entendimentos do mundo”, elenca Silas.