Operação contra tráfico de drogas tem servidora pública entre os suspeitos
A organização criminosa que atuava na Capital e em cidades da Região Norte.Uma servidora do Fórum de Independência foi afastada Foram cumpridos 22 mandados de prisão preventiva nas cidades de Independência, Crateús, Hidrolândia e Fortaleza
10:03 | Ago. 06, 2020
*atualizada às 11h50min
Um total de 18 pessoas foram presas e uma servidora pública do Fórum de Independência foi afastada das funções na manhã desta quinta-feira, 6, na Capital e nas cidades de Independência, Crateús e Hidrolândia. Batizada de operação Arrebol, a ação tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas nesses municípios. A Polícia Civil continua nas ruas esta quinta. Os alvos presos são ligados ainda a crimes de homicídio, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro, comércio ilegal de arma de fogo, corrupção, corrupção de menores e ameaça. A ofensiva policial contou com o apoio de equipes do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Norte (DPI/Norte). Nove mandados de busca e apreensão e o de afastamento de função pública também foram cumpridos. O nome da servidora não foi divulgado. Foram apreendidos ainda dinheiro em espécie, relógios, dois veículos e três motocicletas nos endereços que constavam nos mandados judiciais
LEIA MAIS| Polícia Civil prende 15 pessoas em operação contra tráfico de drogas em Fortaleza
Cinco pessoas são presas por tráfico de drogas no aeroporto de Fortaleza; Veja Vídeo
Os mandados, que estão sendo cumpridos pelas delegacias municipais de Independência e Regional de Crateús, com o apoio do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Norte (DPI/Norte), foram expedidos pela Vara de Combate ao Crime Organizado. Eles são cumpridos pelas delegacias municipais de Independência e Regional de Crateús com o apoio do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Norte.
Ao todo, os policiais civis cumpriram 12 mandados de prisão em Independência, um em Fortaleza, um em Crateús e outros quatros contra alvos que estão recolhidos no sistema penitenciário do Estado. A suspeita contra a servidora efetiva que trabalha no Fórum de Independência, segundo a Polícia, é que ela era responsável por passar informações privilegiadas e sigilosas por intermédio de um advogado.
Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido no endereço do advogado, que é investigado por trabalhar a serviço do grupo criminoso. As investigações apontam que a servidora era encarregada de fornecer informações sigilosas para o advogado, que as repassa ao chefe da organização criminosa. Segundo a SSPDS, há indícios que a troca de informações prestada por ela em prol da organização criminosa era cobrada em dinheiro.
Durante as diligências, as equipes policiais apreenderam ainda R$ 11.700 em espécie, além de relógios, aparelhos celulares e um veículo modelo Peugeot. O material foi recolhido da casa do casal apontado como chefes da organização criminosa, em Independência.
A Polícia Civil segue com os trabalhos na rua para cumprir todos os mandados judiciais oriundos da Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).
O grupo criminoso ainda é relacionado com crimes de associação para o tráfico, lavagem de dinheiro, homicídio, comércio ilegal de arma de fogo, corrupção, corrupção de menores e ameaça. Mais detalhes serão divulgados pela assessoria de comunicação da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social ao longo do dia desta quinta, 6.