Atrasado devido à pandemia, Plano de Manejo do Parque do Cocó deve ser concluído até outubro
A previsão é que a quarta fase, de consolidação, comece em meados de agosto e vá até o final de outubro. Adiamento é decorrente da pandemia do novo coronavírusO Plano de Manejo do Parque Estadual do Cocó, antes previsto para ser finalizado em julho, agora tem previsão de entrega até outubro deste ano. A pandemia do novo coronavírus atrasou a elaboração do projeto, que está na terceira de quatro fases. O orçamento é de R$ 720.360,00.
O Plano é um documento que orienta a gestão da unidade de conservação, com instruções de como que deve ser o dia a dia do Parque do Cocó e a administração desse território. De acordo com Bruna Bianca Pasquini, coordenadora de projetos da Arcadis Design & Consultancy (Brasil), a terceira parte de desenvolvimento do documento consiste na proposição do zoneamento. “É um diagnóstico que serve tanto pra equipe como para a sociedade”, pontua Pasquini.
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Para decidir o que vira oficial no documento, existe uma oficina aberta para a população, sendo necessário apenas preencher um formulário antes, permitindo a contribuição dos indivíduos por meio de opinião.
A partir de críticas da sociedade civil na Oficina de Programas de Gestão do Parque Estadual do Cocó e também de um entendimento do ponto de vista técnico, foi entregue o primeiro documento da terceira fase de zoneamento no dia 10 de julho. ”Com base na discussão com a Sema e essas opiniões a gente fez os últimos ajustes”, diz Pasquini.
Assim como as duas etapas já concluídas, de planejamento e diagnóstico, esta também precisa passar pela aprovação da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema), sendo sujeita a revisão. Agora, a revisão de um novo documento será entregue até mais ou menos a metade de agosto. Depois disso, tem início a quarta fase, com a consolidação do Plano. “Tendo todas etapas aprovadas a gente parte pra compor o documento completo”, pontua a coordenadora de projetos.
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Conforme a Lei nº 9.985/2000 do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), o ofício determina o zoneamento e as normas a serem seguidas para uso e o manejo dos recursos naturais do Parque. De acordo com o SNUC, todo parque estadual tem de prever principalmente a conservação e manutenção da biodiversidade dos recursos, estimular a pesquisa científica e abrir as portas para receber as pessoas, tanto para conhecerem a natureza, como para cuidar dos territórios.
O zoneamento permite a recuperação das áreas degradadas. Assim, a organização do uso público pode acontecer de forma mais intensiva e moderada, determinando o que pode acontecer ou não, como onde as pessoas devem andar, por exemplo.
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Segundo Pasquini, foi sugerido que algumas trilhas entre a Santana Junior e Sebastião de Abreu fossem suspensas para que não haja interferência no solo, no crescimento das plantas e no trajeto dos animais. “Não quer dizer que tudo vai ficar suspenso. São coisas que a gente tá sugerindo”, pontua.
A previsão é que a quarta fase, de consolidação, comece em meados de agosto e vá até o final de outubro. “Por conta da pandemia houve o atraso, bem quando a gente tava indo para Fortaleza fazer as duas oficinas de diagnóstico. A gente teve que cancelar a nossa viagem”, conclui.
A próxima Oficina de Programas de Gestão do Parque Estadual do Cocó ocorre na próxima terça-feira, 4. O formulário pode ser preenchido até este domingo, 2, por meio deste link. Deve-se informar nome completo, telefone com DDD, e-mail e comunidade ou instituição a qual o indivíduo representa.