Ceará é segundo do Nordeste em melhor situação em relação à seca
O Estado, que apresentava maior área com "seca fraca" evoluiu para uma situação mais confortável, com 72,1% de área sem seca relativa.
14:22 | Mai. 20, 2020
O Monitor de Secas coordenado pela Agência Nacional das Águas (ANA) aponta o Ceará como o segundo estado do Nordeste em melhor situação em relação à seca, ficando atrás apenas do Maranhão. De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), os estados registram maior percentual de áreas sem secas relativas, com respectivamente 72,1% para o Maranhão e 69% para o Ceará. Já o Nordeste, tem proporcionalmente 61,7% de seu território com algum nível de estiagem.
Desde abril o Ceará apresentou melhoria em relação à taxa de ocupação de áreas secas em seu território, conforme observado pelos mapas do Monitor de Seca divulgados em abril e no último dia 18. O Estado, que apresentava maior área com “seca fraca” evoluiu para uma situação mais confortável, com 72,1% de área sem seca relativa. Em abril, a taxa registrada no Ceará era de apenas 38,85%.
Segundo o presidente da Funceme, Eduardo Sávio, com exceção da parte central do Ceará, que permanece sob seca fraca, o Estado atingiu a condição de normalidade. “Quando nós olhamos as precipitações de janeiro até agora, percebemos que esta área é a que que teve totais menos significativos em relação às outras do estado”, comenta.
Conforme a Funceme, a situação mais crítica está no interior do Nordeste, correspondendo a grande parte da Bahia, onde estão as áreas classificadas em seca grave. Lá, 89,7% do território estão com alguma das categorias de seca. Entretanto, se comparado com o mapa divulgado em março, todas as áreas apresentaram melhorias, seja reduzindo os níveis de seca ou ficando relativamente sem ela.
Sobre a ferramenta de monitoramento da seca
O Monitor de Secas promove o monitoramento regular e periódico da situação da seca. A partir da ferramenta, é possível acompanhar a sua evolução, classificando-a segundo o grau de severidade dos impactos observados. O projeto é coordenado pela ANA, com o apoio da Funceme, e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos.