Denúncias de violência contra a mulher caem 49% no Ceará após decreto de isolamento
Estatística aponta que Estado vai na contramão de outras regiões do mundo e do Brasil. Dado é comparativo à mesma época do ano passado
19:51 | Abr. 15, 2020
O número de casos registrados de violência doméstica contra mulher no Ceará caiu em 49% após decreto estadual de isolamento. O levantamento, divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) na tarde desta quarta-feira, 15, mostra redução significativa do número de ocorrências dessa natureza durante o tempo de validação do decreto, em comparativo ao mesmo período do ano passado.
O decreto estadual que visa conter o avanço do novo coronavírus no Ceará é válido desde 19 de março. De acordo com balanço, de 20 de março a 12 de abril foram registradas 703 ocorrências com características de violência doméstica contra mulher. Nesse mesmo período em 2019, foram 1.386 casos no Estado.
Em relação ao mês de março deste ano, a redução do número de violência doméstica contra mulher no Ceará foi de 29,11%, no comparativo ao mesmo período do ano passado. Os dados foram compilados pela Gerência de Estatística e Geoprocessamento (Geesp) da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp).
Ceará na contramão do mundo
O levantamento também mostrou que, de janeiro a março de 2020, foram registrados 4.852 casos no Ceará. Em comparação ao mesmo período de 2019, o número representa redução de 12,5% da violência doméstica no Estado. Dados vão de encontro a estatísticas mundiais e nacionais, que apontam um crescimento desse tipo de violência durante o período de isolamento imposto.
China e França são alguns dos países que apresentaram um aumento do número de violência doméstica contra mulher em suas regiões durante o período. O país europeu chegou a registrar aumento de 32% no interior e de 36% em Paris e Região Metropolitana, segundo dados do Ministério do Interior.
No Brasil, o crescimento desse tipo de agressão durante o isolamento foi percebido em Estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba, de acordo com o Instituto Patrícia Galvão. O estado fluminense chegou a registrar crescimento de 50% dos casos e, na capital paranaense, as delegacias registraram aumento de violência contra mulher ainda na primeira semana de isolamento. Ao todo, as denuncias de violência doméstica computadas no 180 aumentaram em 9% em meio a pandemia.
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