Dobra procura por álcool em gel e máscaras respiratórias no Ceará

Com a confirmação do primeiro caso de coronavírus (COVID-19) no Brasil e nova suspeita no Ceará, a procura por máscaras de proteção e álcool em gel dobrou na última semana em território cearense. A informação é do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma). De acordo com Antônio Félix, presidente da entidade, a situação é estável e há estoque para a demanda.

Conforme o representante, a produção do gel antisséptico em território cearense facilita o abastecimento. A situação é diferente em relação às máscaras, segundo ele, produzida no Nordeste. “Pelo menos nesse primeiro momento, o consumidor encontra nas farmácias e drogarias. Vai ser afetado. Mas ainda tem estoque”, diz Félix.

No restante do País, contudo, o cenário nos estabelecimentos é diferente. Sergio Mena Barreto, CEO da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias ( Abrafarma), declarou ontem, sem precisar numericamente, que “várias redes de farmácias informaram que estão com estoques de máscaras zerados ou dificuldade de conseguir o item para a venda.”

Barreto afirma que as empresas não se planejaram para a demanda. Além disso, a questão agrava pelo fato da China ter restringido a saída do insumo. “30 dias atrás a demanda já tinha aumentado e os distribuidores não tinham para entrega”. Produzido no País, por outro lado, a falta de álcool em gel é pontual.

A situação crítica já havia sido prevista pela Abrafarma na segunda semana de fevereiro. Na ocasião, a entidade representativa do varejo farmacêutico nacional emitiu nota atentando aos possíveis problemas de fornecimento.