Depois da primeira reunião da Comissão, interlocutor da PM vai ao 18º Batalhão com esperança de acordo
Depois de quase três horas de reunião, Manuel Pinheiro afirmou que "o diálogo foi estabelecido"
14:17 | Fev. 27, 2020
Após fim da primeira reunião da Comissão dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário formada para tratar da paralisação dos policiais militares na tarde desta quinta-feira, 27, o procurador-geral de Justiça Manuel Pinheiro disse que "o diálogo foi estabelecido". O momento ocorreu na Procuradoria Geral de Justiça. Segundo ele, as reivindicações da categoria foram apresentadas e a expectativa é de esperança para uma "solução breve". A paralisação da PM chega ao seu 10º dia.
Depois da reunião, que durou quase três horas, a Comissão entrou em acordo para que apenas o procurador Manuel Pinheiro se pronunciasse. "A reunião foi muito produtiva. Tivemos uma discussão de um bom nível. O que nós temos agora para fazer vai ser de informação restrita porque seguimos um protocolo de gerenciamento de crise e entendemos que a informação não deve circular de forma a gerar especulações", explicou. O comandante reformado do Exército e interlocutor da PM, Valmir Medeiros, seguiu para o 18º Batalhão da Polícia Militar depois da reunião.
Além do procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro, também são membros da Comissão, o desembargador Teodoro Silva Santos, representante do Poder Judiciário; o procurador-geral do Estado Juvêncio Viana, representante do Executivo e o deputado estadual Evandro Leitão (PDT), representante do Legislativo. Como membros observadores, que atuam na mediação da situação, estão o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Erinaldo Dantas, e os representantes do Exército Brasileiro, coronéis Marcos Cesário e Menezes Neto.
Na última quarta-feira, o procurador de Justiça Manuel Pinheiro afirmou que a Comissão segue o Art. 175 da Lei 13105/15, o Código de Processo Civil, para ouvir os interesses da categoria. Manuel Pinheiro pediu a compreensão sobre a restrição das informações. "Neste momento não é adequado discorrer sobre as pautas e sobre o que está sendo discutido na Comissão. Mas digo que estamos esperançosos por uma solução breve para este impasse", afirmou. O procurador confirmou que as reivindicações da categoria foram "colocadas à mesa" e disse que a próxima reunião deve acontecer depois do contato que o interlocutor terá com a classe. Na última sexta-feira, o governador Camilo Santana declarou que "anistia de quem fizer motim é inegociável."
com informações do repórter Rubens Rodrigues