Policiais militares amotinados querem diálogo com governador Camilo Santana, afirma Soldado Noelio

Em entrevista ao O POVO, o deputado diz que uma comitiva vinda de Brasília aguarda por uma reunião com o governador Camilo Santana

Policiais militares do Ceará continuam amotinados no 18º Batalhão da PM na manhã desta quinta-feira, 20, no bairro Antônio Bezerra. Do lado de fora do batalhão, havia carros da PM, dos Bombeiros e da Polícia Rodoviária Estadual (PRE).

Uma das lideranças da paralisação, deputado estadual Soldado Noelio (Pros), único  conversar com O POVO, afirma que os amotinados desejam dialogar com o governador Camilo Santana (PT) sobre as demandas da tropa. Em entrevista ao O POVO no 18º Batalhão de PM, Noelio reforçou que apenas Camilo pode resolver a crise.

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Segundo ele, a reunião que o deputado federal Capitão Wagner (PROS) tentou que acontecesse na quarta-feira, 19, com o governador Camilo Santana, deverá ocorrer nesta quinta. A comitiva que acompanharia o Capitão, pré-candidato a prefeito de Fortaleza, é composta por deputados do Amazonas, Rio de Janeiro e um membro do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH). Ainda, o senador Eduardo Girão (Podemos) estaria a caminho de Fortaleza.

Noelio defende que o fim da paralisação depende da decisão do governador do Estado “sentar para resolver o problema”. “Estamos esperando o Governo do Estado demonstrar que ele é o governo do diálogo.”

Ainda, apesar de o deputado reconhecer o papel de "mediação da Assembleia", ele critica a instituição por “jogar lenha na fogueira” e ameaçar investigar as associações de entidades policiais. Uma CPI foi protocolada na Assembleia Legislativa, nessa quarta-feira, 19, para investigar associações militares. 

Pela legislação brasileira, policiais militares estão proibidos de formar sindicatos. Entretanto, Soldado Noelio reforça que as associações são mantidas com o salário dos próprios agentes no intuito de oferecerem atendimento especializado de psicólogos, dentistas, fisioterapeutas e até advogados. “Soa muito mais a uma tentativa de intimidação do movimento”, analisa.

Com informações de Rubens Rodrigues.

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