Mergulhadores não encontram óleo na praia de Canoa Quebrada após varredura
Ação aconteceu na manhã deste sábado. Os mergulhadores são voluntários e fazem parte da operadora de mergulho Mar do CearáMergulhadores fizeram vistoria no mar de Canoa Quebrada na manhã deste sábado, 2. A ação teve início às 8h e os mergulhadores voltaram cerca de 13h. Tufos de óleo teriam sido avistados durante um sobrevoo da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) na última quarta-feira, 23. A ação foi decidida após a suspeita de tufos de óleo estarem embaixo da coluna d'água. Os mergulhadores são voluntários e fazem parte da operadora de mergulho Mar do Ceará.
Foram feitos, no total, quatro mergulhos. Oito mergulhadores participaram da operação, mergulhando em pontos com um raio de 300 a 400m, em uma profundidade de 7 metros. Eles relataram que não encontraram manchas de óleo.
Sandra Paiva, da empresa de mergulho Mar do Ceará e aluna de doutorado do Programa de Ciências Marinhas e Tropicais da Universidade Federal do Ceará (UFC), explica que a visibilidade nos pontos que mergulharam não estavam muito boa, pois são pontos próximos à praia, e a dinâmica das ondas traz muita sedimentação, o que dificulta a visibilidade. O mergulho da equipe alcançou cerca de seis metros, chegando ao fundo, mas não encontraram nenhum fragmento ou mancha de óleo.
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Assine“Ao longo do nosso tempo que passamos lá nós tocamos os sedimentos, verificamos se nossas mãos ficavam sujas, ou com óleo, e não encontramos nada. Não quer dizer que não exista a possibilidade de ter óleo, mas não identificamos o óleo nos locais onde amostramos”. Paiva explica que possivelmente esse óleo pode estar vindo ao longo da coluna d'água, nem na superfície nem no fundo. Ela espera que o monitoramento continue. É um desejo nosso (da escola Mar do Ceará), de estar podendo usar essa ferramenta do mergulho para dar esse apoio.”
Lídia Torquato, proprietária e operadora de mergulho Mar do Ceará, afirma que eles fizeram essa ação pois já tiveram experiências com mergulhos científicos. “Aceitamos o convite para defender essa ideia, de tentar localizar manchas de óleo se aproximando da costa a fim que pudesse ser contida antes do impacto na praia.”
Lídia detalhou que três mergulhadores são instrutores da escola escola, um da marinha, e outros clientes que se voluntariaram para participar da operação. Ela falou que a operação das manchas de óleo foi inédita. “É uma operação difícil, o mar é muito grande. É como achar uma agulha em um palheiro, uma operação como essa deve ser bem planejada."
Com informações do repórter Ítalo Cosme
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