Há 20 anos, nascia o primeiro bebê de proveta do Ceará
Aos 20 anos a jovem Vitória Sheryda é maquiadora e já ministra cursos sobre o assunto
11:21 | Out. 04, 2019
Em 2 de outubro de 1999 nascia o primeiro bebê de proveta do Ceará. Há duas décadas Vitória Sheryda veio ao mundo, pesando 3,60 quilos e medindo 47 centímetros.
Evangelista Torquato, médico o qual participou da fertilização in vitro da mãe de Vitória, tinha o sonho de mudar o perfil da reprodução no Estado. Junto com os médicos Tulius Freitas, Fábio Eugênio e Marcus Bessa, estabeleceu parceria com um professor da Universidade de Roma La Sapienza e conseguiu trazer a tecnologia para o Ceará.
O primeiro grupo a experimentar a novidade era formado por sete pessoas. Todo o processo foi monitorado pelo professor Cesare Aragona, o qual era consultado constantemente para doses de remédios e outras dúvidas. Das sete pacientes, três conseguiram engravidar, mas duas abortaram. Vitória foi a única que obteve sucesso. "A gravidez da Vitória seguiu em frente, está aí talvez a partida do nome dela", declara Evangelista.
Apesar de ter passado 20 anos, o processo ainda continua muito inacessível e há uma enorme população desassistida. De acordo com Evangelista, o País deveria fazer 200 mil ciclos de fertilização anualmente. Esse número é reduzido a 40 mil. “O custo continua sendo, digamos, uma grande pedra no sapato de milhões de casais que não conseguem viabilizar esse tratamento. Este é um ponto que eu acho que tenha evoluído pouco”, declara.
20 anos
Aos 20 anos, Vitória Sheryda ministra cursos sobre maquiagem. Antes disso, trabalhou como modelo de maquiagem, o que fez com que despertasse a paixão pela área. Apesar de não modelar mais, segue como maquiadora há 3 anos e ministrando cursos há cerca de um ano e meio. "O meu intuito maior na maquiagem é transformar mulheres e também começar a preparar as minhas alunas para o mercado de trabalho", declara a jovem em entrevista ao programa Revista da rádio O POVO CBN.
Vitória tem dois irmãos por parte de mãe e um outro por parte de pai. Quanto aos próprios filhos, os planos existem, mas ficam para mais tarde. O foco agora é na carreira, a qual pretende levar a diante. Os filhos ficam para, no mínimo, daqui a 6 anos. “São planos futuros. Daqui a uns 5 ou 6 anos, talvez. Não agora”, declara.