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Coletas de manchas de piche nas praias cearenses devem ser iniciadas nesta semana

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) preparou plano de contingência a ser seguido por municípios do litoral
13:26 | Set. 25, 2019
Autor O POVO
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Deve começar ainda nesta semana a retirada das manchas de piche das praias do litoral cearense. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) preparou plano de contingência e acionou as gestões municipais para que a coleta siga as recomendações adequadas. Objetivo é agir em 100% das cidades litorâneas, mesmo aquelas não atingidas. Equipamentos e materiais específicos são prioridades no processo, a fim de não impactar o ambiente marinho.

Miller Holanda, chefe da Divisão Técnico-ambiental do Ibama, informou ao O POVO Online que o instituto deve continuar acompanhando os gestores dos municípios na retirada, que não envolverá nenhum tipo de multa. "A gente está fazendo um trabalho de orientação aos municípios a partir de hoje até quando for necessário". Segundo o profissional, a ideia é retirar todos os resíduos logo nesta primeira etapa.

Para isso, no plano de contingência constam recomendações de como a limpeza deve ocorrer, os materiais adequados, equipamentos de proteção das equipes envolvidas e destino correto do descarte do material. "Ele tem que ser armazenado em um aterro industrial, que é impermeabilizado e não deve deixar o produto vazar. Mas, não havendo essa possibilidade, a orientação é dispor em tambores metálicos em área protegida contra riscos de combustão, de pessoas e de animais", explica Miller. O produto coletado deve ser transportado para um local seguro onde passará por um processo de combustão, em que será totalmente eliminado.

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Análise de material

O professor do curso de Ciências Ambientais, do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC), Rivelino Cavalcante, contou que o instituto foi contatado e irá receber amostras do material para fins de análise. "Pretendemos continuar acompanhando, mas as investigações estão mais adiantadas em outros institutos", disse Rivelino.

Ao O POVO Online, a professora do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Maria Cristina Araújo, afirmou que amostras estão sendo analisadas no Rio de Janeiro, mas que há indícios de que as manchas vêm de descarte ilegal nas praias entre os estados de Pernambuco e Alagoas. "Agora está se esperando o resultado. O Ministério do Meio Ambiente já está se colocando de que realmente é petróleo bruto, provavelmente da lavagem de porões de navios cargueiros", finaliza.

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