Violência contra jovens de 10 a 14 anos e meninas adolescentes crescem em 2018, segundo estudo

Os dados são do Relatório Cada Vida Importa referente ao segundo semestre de 2018, promovido pelo Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA)
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O número de assassinatos entre adolescentes de 15 a 19 anos em 2018 sofreu uma redução de aproximadamente 30%. Porém, entre os mais novos teve um acréscimo de 2%. Esses dados foram divulgados ontem, 10, no lançamento do Relatório Cada Vida Importa – segundo semestre de 2018, promovido pelo Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA), que produz semestralmente estudos sobre a violência contra jovens cearenses.

Conforme os estudos realizados pela CCPHA, houve um aumento no fenômeno da infantilização das mortes. De 2016 para 2017, enquanto na faixa etária de 15 a 19 anos, o número de assassinatos foi de 83%, na faixa de 10 a 14 anos, chegou a quase 300%.

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Outro grupo preocupante são as vítimas jovens do sexo feminino, no qual em 2018 foi registrado um aumento nos casos de violência, mesmo diante da redução no número de assassinatos no Estado em todas as faixas etárias e entre os meninos com idades entre 10 e 19 anos. No ano de 2016, as mortes de garotas adolescentes representavam 2% do total de homicídios. Dois anos depois essa proporção foi para 14%.

Comparando os anos de 2017 e 2018, houve um crescimento de 42,50% na morte de pessoas do sexo feminino no Estado, na faixa estudada pela CCPHA, passando de 80 para 114. Se o ano de comparação for 2016, quando houve 27 assassinados, a variação foi de 322%.

Em Fortaleza, a situação é pior: enquanto no grupo do sexo masculino houve redução de 34,99%, no do sexo feminino houve incremento de 90,32%. Em 2018 foram mortas 59 meninas na capital cearense. Em comparação com 2016, quando foram assassinadas 6 meninas, o número de casos cresceu quase 10 vezes em um intervalo de dois anos.

O aumento de 36% nas mortes por intervenção policial assume no outra dimensão num cenário de redução de homicídios como foi no ano passado. Considerado o intervalo de 2014 e 2018, esse número é de 434,15%, segundo dados do levantamento da CCPHA.

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