Urca descobre fóssil de planta de 120 milhões de anos que era transportada por pterossauros

A espécie de planta viveu na região do Cariri há 120 milhões de anos. Os pesquisadores acreditam que suas sementes eram transportados pelo ar por pterossauros

A Universidade Regional do Cariri (Urca) anunciou na manhã desta quarta-feira, 5, a descoberta de uma nova espécie fóssil de planta que era encontrada na Bacia do Araripe há 120 milhões de anos. Nomeada Arlenea delicata, a pesquisa sugere que as sementes da planta eram transportadas pelo ar por pterossauros que sobrevoavam a região do Cariri durante o período do Cretáceo inferior.

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A pesquisa foi encabeçada pela bióloga Alita Ribeiro. Segundo ela, a espécie pertence a uma família de plantas que são encontradas, hoje em dia, na China.

“Nesse período, os continentes ainda estavam em processo de separação e as sementes desta planta provavelmente eram espalhadas por pterossauros. Esses pterossauros também eram encontrados na China, então a gente tem tanto espécimes vegetais semelhantes quanto vertebrados”, disse em entrevista à rádio O POVO CBN Cariri.

Apesar da idade do material, o fóssil da planta apresenta um nível de conservação exímio, o que permite a visualização, por exemplo, de detalhes das folhas do vegetal. A alta conservação dos materiais fossilíferos é uma das principais características da Bacia do Araripe, perímetro que engloba o Cariri cearense e territórios do Pernambuco e do Piauí.

A paleontóloga Flaviana Lima é professora da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) e participou da pesquisa do fóssil como orientadora. Segundo ela, um dos objetivos do trabalho era entender o porquê desta espécie não ser mais encontrada com abundância nos dias atuais. “A gente precisa começar a entender como esses processos se deram para tentar prever como será o futuro na questão das mudanças climáticas e como isso por alterar a flora e os animais que existem hoje em nosso planeta”, explicou.

O nome da espécie - Arlenea delicata - é uma homenagem à professora da Urca Maria Arlene Pessoa da Silva, que atua na área da botânica e estuda a preservação da Chapada do Araripe. Agora, o fóssil será levado ao Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri, onde ficará exposto para visitação.

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