Fechamento de "alas Covid" gera demissões de profissionais da enfermagem no Cariri
As instituições de saúde justificam que as dispensas foram geradas pela desarticulação das ações de combate a covid-19
Nas últimas semanas, enfermeiros que trabalham em hospitais e entidades filantrópicas da região do Cariri têm sofrido com demissões. As instituições justificam que as dispensas foram geradas pela desarticulação das ações de combate a Covid-19.
A vice-presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Ceará (Senece), Givana Lima Lopes Martins, afirmou que as demissões foram de "pessoas que eram contratos temporários ainda da época da Covid-19", que ainda estavam sendo mantidas pelas unidades de saúde.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Em entrevista ao jornalista Farias Júnior, na rádio CBN Cariri, Givana descartou que as demissões tenham sido por conta do novo piso salarial da categoria.
De acordo com ela, no momento só existem boatos de que associações de representantes de casas de saúde e de hospitais filantrópicos estariam preocupados com o impacto causado nas contas das entidades pelo novo piso.
A vice-presidente do Senece reclama ainda da forma que a categoria tem sido tratada por empresários da área da saúde: “Estão amedrontando”, afirma.
Givana Martins explica que "não está existindo demissões em massa", mas que o sindicato está "preparadíssimo para poder agir caso chegue". "Nós estamos até acionando o Ministério Público para vendo qual a maneira de combater essas mentiras que estão saindo a respeito de demissão em massa”, disse em entrevista ao jornalista Farias Júnior.
Em nota, a Fundação Otília Correia Saraiva (FOCS), mantenedora dos Hospitais Santo Antônio e Coração, confirmou que as demissões dos profissionais já estavam previstas, inclusive de outros setores.
“Tendo em vista o encerramento de convênios com Ministério da Saúde e Governo do Estado, que mantinham o custeio para as ‘Alas Covid’, serviços deixaram de existir. Sendo assim, o custeio dos profissionais ficou inviável para o teto financeiro das instituições filantrópicas”, explicou em nota.