Sesa inicia operação fumacê no Cariri após crescente de casos de arboviroses no Estado

Comparando as cinco primeiras semanas epidemiológicas deste ano com o ano passado, o salto de casos foi de 738 para 1.869 ocorrências, representando aumento de 153,2%

17:55 | Fev. 17, 2022

Por: Marília Serpa
Ceará tem aumento de 153,2% casos de arboviroses nas cinco primeiras semanas do ano (foto: Divulgação/Prefeitura de Barbalha)

Após crescente de casos de arboviroses (dengue, chikungunyua e zika) no Estado, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) iniciou a operação fumacê no Cariri, método Ultra Baixo Volume (UBV), para combater o mosquito Aedes aegypti, causador das doenças. Comparando as cinco primeiras semanas epidemiológicas deste ano com 2021, o salto foi de 738 para 1.869 ocorrências, representando aumento de 153,2%.

A maior incidência de notificações no intervalo de tempo (579 por 100 mil habitantes) foi em Barbalha, além de ter sido o primeiro município cearense a solicitar o fumacê. A operação na cidade tem sido realizada com três ciclos de pulverização, todos ainda em fevereiro, abrangendo 600 quarteirões e envolvendo seis servidores em três carros.

A elevação das notificações de arboviroses foi puxada pelos casos suspeitos de dengue, que cresceram de 667 para 1.470, e de chikungunya, que teve salto de 66 para 392 casos. As notificações de zika caíram de 15 para sete. Ainda, as borrifações ocorrem de acordo com as solicitações emergenciais dos municípios, após análise epidemiológica.

Visto o potencial de alta transmissão no cenário de crescimento das notificações no Estado, outros municípios da região do Cariri são monitorados pela Sesa, sendo eles: Juazeiro do Norte, Crato e Brejo Santo. Além disso, a alta dos casos de chikungunya inspiram maior cuidado pela gravidade e pelas sequelas da doença.

Cuidados preventivos da população

Além das estratégias de controle do mosquito Aedes aegypti por meio da operação fumacê, a população também tem um papel importante no combate aos focos do agente causador das arboviroses. Levando em conta que o inseto se reproduz em água parada, podendo ser em recipientes ou em locais descobertos, os cuidados e a manutenção dos reservatórios devem ser constantes, sendo realizados, pelo menos, uma vez por semana, segundo indicação da Sesa.

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