Violência doméstica: 9 prisões foram registradas no Cariri durante o fim de ano
Região recebeu reforço policial durante o período para combater a criminalidade. Saiba como denunciar a violência doméstica
20:54 | Jan. 03, 2022
A região do Cariri registrou nove prisões por violência doméstica durante a virada de ano. É o que indica o balanço fornecido nesta segunda-feira, 3, pelo comandante do Segundo Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Patrício Santana. Durante a operação “Final de Ano”, que também ocorreu simultaneamente em todas as regiões do Ceará, ainda foram registradas seis prisões por porte ilegal de armas de fogo.
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Segundo Patrício Santana, o número expressivo de casos de violência doméstica na região é muito alarmante. "Durante o período, ainda foram registradas outras seis prisões por furto ou roubo na nossa região, além de algumas ocorrências de acidentes de trânsito e de perturbação do sossego alheio", detalhou em entrevista à rádio CBN Cariri. O tenente-coronel declarou ainda que a região contou com um reforço de policiamento com escalas operacionais extras.
Durante o período, também ocorreu, simultaneamente, a operação "Redoma". A ação consiste na ocupação por agentes de determinados bairros com maior índice de crimes, como homicídios, roubos e furtos. A força-tarefa é feita de forma integrada com outras forças especializadas, como o Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio), o policiamento de Meio Ambiente, a Cavalaria, além das parceiras Polícia Civil, Demutran e Guarda Municipal.
Segundo o militar, o saldo positivo de capturas é resultado do desse aporte policial em áreas mais críticas. “Principalmente aqui na cidade de Juazeiro do Norte, nós temos uma região onde se concentra o que chamamos de mancha criminal. São os bairros do Triângulo, Jardim Gonzaga, Santa Teresa, conhecido como Faixa de Gaza, e João Cabral. No Crato, podemos citar os bairros do Seminário, do Gesso, e o Minha Casa Minha Vida, que fica no bairro Barro Branco”, declarou o tenente-coronel Santana.
Segundo a Polícia Militar, as operações de combate ao crime irão se estender ao longo de todo o ano de 2022. O comandante do 2° BP dá orientações de como a população pode contribuir para o combate ao crime no Cariri. “Se acontecer [algum crime], não deixe de comunicar através da realização de um Boletim de Ocorrência, de acionar a nossa Central de Operação, que é a Ciops, através do 190, para que a gente possa direcionar o nosso policiamento especializado para o local do crime”, disse Santana.
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Violência contra a mulher - o que é e como denunciar?
A violência doméstica e familiar constitui uma das formas de violação dos direitos humanos em todo o mundo. No Brasil, a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, caracteriza e enquadra na lei cinco tipos de violência contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.
Entenda as violências:
Violência física: espancamento, tortura, lesões com objetos cortantes ou perfurantes ou atirar objetos, sacudir ou apertar os braços.
Psicológica: ameaças, humilhação, isolamento (proibição de estudar ou falar com amigos).
Sexual: obrigar a mulher a fazer atos sexuais, forçar matrimônio, gravidez ou prostituição, estupro.
Patrimonial: deixar de pagar pensão alimentícia, controlar o dinheiro, estelionato.
Moral: críticas mentirosas, expor a vida íntima, rebaixar a mulher por meio de xingamentos sobre sua índole, desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir.
A Lei 13.104/15 enquadrou a Lei do Feminícidio - o assassinato de mulheres apenas pelo fato dela ser uma mulher. O feminicídio é, por muitas vezes, o triste final de um ciclo de violência sofrido por uma mulher - por isso, as violências devem ser denunciadas logo quando ocorrem. A lei considera que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
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Veja como buscar ajuda:
Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180
Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza (DDM-FOR)
Rua Teles de Souza, s/n - Couto Fernandes
Contatos: (85) 3108 2950 / 3108 2952
Delegacia de Defesa da Mulher de Caucaia (DDM-C)
Rua Porcina Leite, 113 - Parque Soledade
Contato: (85) 3101 7926
Delegacia de Defesa da Mulher de Maracanaú (DDM-M)
Rua Padre José Holanda do Vale, 1961 (Altos) - Piratininga
Contato: 3371 7835
Delegacia de Defesa da Mulher de Pacatuba (DDM-PAC)
Rua Marginal Nordeste, 836 - Jereissati III
Contatos: 3384 5820 / 3384 4203
Delegacia de Defesa da Mulher do Crato (DDM-CR)
Rua Coronel Secundo, 216 - Pimenta
Contato: (88) 3102 1250
Delegacia de Defesa da Mulher de Icó (DDM-ICÓ)
Rua Padre José Alves de Macêdo, 963 - Loteamento José Barreto
Contato: (88) 3561 5551
Delegacia de Defesa da Mulher de Iguatu (DDM-I)
Rua Monsenhor Coelho, s/n - Centro
Contato: (88) 3581 9454
Delegacia de Defesa da Mulher de Juazeiro do Norte (DDM-JN)
Rua Joaquim Mansinho, s/n - Santa Teresa
Contato: (88) 3102 1102
Delegacia de Defesa da Mulher de Sobral (DDM-S)
Av. Lúcia Sabóia, 358 - Centro
Contato: (88) 3677 4282
Delegacia de Defesa da Mulher de Quixadá (DDM-Q)
Rua Jesus Maria José, 2255 - Jardim dos Monólitos
Contato: (88) 3412 8082
Casa da Mulher Brasileira
A Casa da Mulher Brasileira é referência no Ceará no apoio e assistência social, psicológica, jurídica e econômica às mulheres em situação de violência. Gerida pelo Estado, o equipamento acolhe e oferece novas perspectivas a mulheres em situação de violência por meio de suporte humanizado, com foco na capacitação profissional e no empoderamento feminino.
Telefones para informações e denúncias:
Recepção: (85) 3108 2992 / 3108 2931 – Plantão 24h
Delegacia de Defesa da Mulher: (85) 3108 2950 – Plantão 24h, sete dias por semana
Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher: (85) 3108 2966 - segunda a quinta, das 8 às 17 horas
Defensoria Pública: (85) 3108 2986 - segunda a sexta, das 8 às 17 horas
Ministério Público: (85) 3108 2940 / 3108 2941, segunda a sexta, das 8 às 16 horas
Juizado: (85) 3108 2971 – segunda a sexta, das 8 às 17 horas