Por WhatsApp, programador dá contragolpe e desmascara golpista preso

Por WhatsApp, programador dá contragolpe e desmascara golpista preso

Após sofrer ameaças e perseguição no aplicativo, através da programação, vítima criou site para rastrear a localização de quem está do outro lado da conversa

É comum o recebimento de mensagens via WhatsApp com falsas ofertas, cobranças indevidas e links duvidosos. E por mais que exista a concordância popular de que muitas dessas tentativas de golpe vêm de presídios, nem sempre é possível prová-lo.

Há duas semanas, contudo, o programador Pedro Bessa relatou uma experiência pessoal em que, por meio do desenvolvimento de um software, ele pôde aplicar um contragolpe contra um presidiário que entrava em contato para cobrar um valor indevido.

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O caso teve início quando o golpista ameaçou a vítima, dizendo que ela devia para uma facção criminosa e cobrando que a pessoa lhe enviasse dinheiro. "Vou encostar agora mesmo aí na sua casa e te cobrar de outra forma", dizia uma das mensagens.

Após a insistência, pelo WhatsApp, Pedro enviou um link ao criminoso, dizendo que era um comprovante de pagamento. O golpista clicou e, sem perceber, aceitou uma mensagem do navegador que pedia acesso à sua geolocalização.

Com o acesso liberado, Pedro pôde mapear o celular e descobriu que o autor das ameaças estava no endereço listado como uma penitenciária na cidade de Osório (RS), a mais de 1.000 km da vítima, que mora no estado do Rio de Janeiro.

"As pessoas costumam falar que essas ligações vêm da cadeia, mas nunca é possível provar isso. Dessa vez, vimos que isso realmente acontece", afirmou o programador Pedro Bessa, em entrevista ao site G1.

Solução tecnológica contra golpistas repercute nas redes

Apesar de a ferramenta ter sido criada no final de 2024, foi somente semanas depois, ao compartilhar o projeto no LinkedIn, que Pedro viu sua história se tornar viral. A publicação recebeu quase 60 mil curtidas e gerou centenas de comentários de pessoas relatando situações semelhantes de golpes no WhatsApp.

"A repercussão mostrou que é uma dor muito comum das pessoas. Muita gente me procurou pedindo ajuda sobre isso, querendo dar um jeito", disse Pedro, que decidiu não registrar um boletim de ocorrência sobre esse caso.

O programador conta que seria possível tentar obter ainda mais informações, como acesso ao microfone e à rede de internet que o golpista está usando. Para isso, seria preciso contar com mais distração do golpista e torcer para que ele concedesse acesso a esses dados sem estar ciente.

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