Morre o escritor Affonso Romano de Sant'anna, aos 88 anos, no RJ
O escritor convivia com a doença de Alzheimer, diagnosticada em 2017
O mundo literário perdeu uma de suas grandes figuras na manhã desta terça-feira, 4. Affonso Romano de Sant’Anna, escritor, poeta e crítico literário, morreu em sua residência, localizada no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
O escritor convivia com a doença de Alzheimer, diagnosticada em 2017. Nos últimos quatro anos, ele estava acamado, recebendo cuidados em casa.
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Affonso era viúvo da também escritora Marina Colasanti, falecida em janeiro deste ano. Ele deixa como herdeiros sua filha, Alessandra Colasanti, atriz, roteirista e diretora, e um neto.
Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, Affonso dedicou mais de seis décadas de sua vida à literatura, deixando um legado de mais de 60 obras, que abrangem poesia, crônicas, ensaios e estudos críticos.
Carreira e legado
Sua trajetória foi marcada por uma atuação multifacetada: além de escritor, ele foi professor de literatura em instituições internacionais, dirigiu o departamento de letras da PUC-Rio e exerceu o cargo de presidente da Biblioteca Nacional na década de 1990.
Durante sua gestão, implementou o Programa Nacional de Incentivo à Leitura, uma iniciativa que permanece ativa e impacta leitores em todo o país.
Entre suas obras mais conhecidas estão Como Andar no Labirinto (2012), Tempo de Delicadeza (2007) e Intervalo Amoroso (1998).
Além disso, ele se destacou como cronista em importantes veículos da imprensa brasileira, como o Jornal do Brasil, O Globo, Estado de Minas e Correio Braziliense.
O velório do escritor será realizado na quarta-feira, 5 de março, na Capela Histórica do Cemitério da Penitência, localizada na Rua Monsenhor Manuel Gomes, 307, no Rio de Janeiro.
A cerimônia está marcada para ocorrer entre 11h e 14h, permitindo que amigos, familiares e admiradores prestem suas últimas homenagens.
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