Bolo envenenado: suspeita do crime é encontrada morta em prisão no Rio Grande do Sul
Deise Moura dos Anjos era suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com emprego de veneno e três tentativas de homicídio duplamente qualificado
A mulher suspeita de matar três pessoas com um bolo envenenado com arsênio em Torres, no litoral gaúcho, foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS).
Deise Moura dos Anjos era suspeita também da morte do sogro, em setembro de 2024. Segundo as primeiras informações, ela teria cometido suicídio, estando sozinha na cela.
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As informações são do delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil no RS, fornecidas ao G1.
De acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a morte ocorreu por asfixia mecânica autoinfligida. As circunstâncias serão apuradas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
A suspeita do crime de envenenamento havia sido presa em 5 de janeiro e foi transferida para o Guaíba no dia 6 de fevereiro por questões de segurança.
Relembre o caso
Conforme a Polícia Civil, sete pessoas da mesma família estavam reunidas em uma casa, alguns dias antes do Natal, quando começaram a passar mal após comer fatias de um bolo.
Para o delegado Marcus Veloso, o alvo do envenenamento seria Zeli dos Anjos, sogra de Deise, que preparou o doce no município gaúcho de Arroio do Sal e levou para Torres, sendo depois hospitalizada.
Ao todo, três pessoas morreram: as irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva e a filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos.
Depois do caso do bolo ser revelado, a Polícia começou a investigar se Deise teria envolvimento também na morte do sogro e marido de Zeli, Paulo Luiz dos Anjos, falecido em setembro, supostamente por intoxicação alimentar.
Após exumarem o corpo, os exames constataram que ele ingeriu arsênio em bananas e leite em pó levados pela nora antes de morrer.