Exames detectam arsênio em marido e filho de mulher presa por envenenar bolo em Torres

O veneno estava presente na urina coletada para testes; descoberta eleva o número de suspeitas de tentativa de homicídio praticadas por Deise Moura dos Anjos
Autor Bianca Nogueira / Especial para O POVO
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Tipo Notícia

Exames detectaram resíduos de arsênio na urina do marido e do filho de Deise Moura dos Anjos, mulher presa pela morte de três familiares que ingeriram um bolo envenenado em Torres–RS, na véspera do Natal de 2024. Outras três pessoas foram intoxicadas pelo doce, mas conseguiram sobreviver.

Em outubro passado, Diego Silva dos Anjos, marido de Deise, teve uma intoxicação alimentar. Dois meses depois, passou mal após ingerir um suco de manga, que também contaminou o filho do casal. Policiais civis, desconfiados de que os episódios também se tratassem de envenenamento, pediram exames.

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Mostras de urina de pai e filho foram enviadas pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) para um laboratório do Ministério da Agricultura, que confirmou resíduos de arsênio no material coletado nos dois familiares de Deise. Agora, além de quatro homicídios, ela deve responder por outras cinco tentativas de assassinato.

Pericia realizada no celular de Deise mostrou que ela realizou diversas pesquisas sobre "veneno para matar humanos" e “arsênio”, antes das mortes ocorrerem. Os investigadores identificaram também que ela encomendou pela internet e adquiriu arsênico em pó, ao menos duas vezes entre setembro e dezembro de 2024.

Deise é a principal suspeita de uma série de envenenamentos por arsênio

Presa temporariamente desde o dia 5 de janeiro, Deise é suspeita de uma série de envenenamentos em decorrência de divergências que tinha com a família do marido. Após exumação, o IGP detectou arsênio também no corpo do Sogro da mulher, que faleceu em setembro de 2024 por uma suposta intoxicação alimentar. 

No período após a morte do sogro, Deise tentou manipular a família dizendo que a causa da intoxicação teria sido uma banana. Com isso, conforme a polícia, a suspeita tentava evitar a perícia do corpo.

Atualmente, a Polícia Civil avalia pedir a exumação do corpo do pai de Deise Moura dos Anjos, que faleceu em 2020 aos 67 anos em Canoas, supostamente por cirrose. A polícia suspeita que Deise o tenha envenenado gradualmente com pequenas dose do mesmo veneno utilizado nas outras vítimas. 

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