Celulares em sala de aula: Lula sanciona lei que limita uso dos aparelhos
Lei foi sancionada nesta segunda-feira, 13, em cerimônia no Palácio do Planalto e proíbe o uso de celular em sala de aula. Aparelho pode ser utilizado apenas para fins pedagógicos ou em casos de perigoAprovada pelo Senado no último mês de dezembro, a lei que proíbe o uso de celular nas salas de aula foi sancionada pelo presidente Lula nesta segunda-feira, 13, no Palácio do Planalto. O ministro da educação, Camilo Santana, também esteve presente na cerimônia.
Com a nova regra, alunos não poderão usar qualquer tipo de aparelho eletrônico portátil tanto durante as aulas, como no recreio ou nos intervalos, o que inclui também tablets com acesso à internet.
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O aparelho só poderá ser utilizado para fins pedagógicos sob a orientação de professores ou em casos de perigo, necessidade ou força maior.
Segundo o Ministro da Educação, Camilo Santana, serão construídos guias de orientação para as redes de educação sobre como implementar a lei. “Nós temos evidências científicas de estudos, de pesquisa, mostrando, né, a preocupação com o uso desses celulares e desses equipamentos”.
Segundo Camilo, os dados são algo grave que precisam de aperfeiçoamento. “Nós precisamos fiscalizar melhor esse controle”, afirma. O ministro também mostrou dados relacionados à saúde mental dos adolescentes.
Nos últimos 12 meses, temas como tentativa de machucar si mesmo, formas de cometer suicídio, para alcançar a magreza, experiência com drogas e cenas de violência foram pesquisadas pelos jovens.
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“A gente precisa voltar a permitir que o humanismo não seja trocado por algoritmos”, diz presidente
Na cerimônia de sanção, o presidente Lula afirmou que o ato foi um “grande gesto de dignidade com o futuro do país”, em relação ao trabalho de senadores, deputados e a comissão de educação.
De acordo com Lula, vários países já aprovaram e proibiram o uso de celular. São eles: França, Espanha, Finlândia, Coréia do Sul e África do Sul. “No fundo, o ser humano nasceu para viver em sociedade”.
“Essa sanção aqui que eu vou fazer significa o reconhecimento do trabalho de todas as pessoas sérias que cuidam da educação, de todas as pessoas que querem cuidar das crianças e dos adolescentes deste país (...) A gente precisa voltar a permitir que o humanismo não seja trocado por algoritmos”, afirma o presidente.
O presidente explica que, para formar corretamente a juventude brasileira, é necessário essa proibição. “Não estamos interferindo na proibição. Nós estamos apenas educando de que tem lugar que é permitido e lugar que não é permitido”, finaliza.