Mais de sete mil mulheres já se inscreveram para alistamento militar

Candidatas estão concorrendo a 1.465 vagas disponibilizadas em Brasília (DF) e 13 estados; inédito no Brasil, o alistamento militar feminino foi iniciado no dia 1º de janeiro e seguirá até 30 de junho

Mais de sete mil mulheres já realizaram inscrição para participar do alistamento militar feminino, realizado pela primeira vez no Brasil este ano. Iniciado no dia 1° de janeiro, o processo de candidatura oferta 1.465 vagas em 28 municípios de 13 estados do país.

Podem se inscrever mulheres que completem 18 anos em 2025 (nascidas em 2007). A candidatura é pode ser feita online, através do site oficial do alistamento, ou na Junta de Serviço Militar de um dos municípios contemplados. 

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Veja lista dos municípios onde pode ser feito o alistamento feminino

  • Águas Lindas de Goiás (GO)
  • Belém (PA)
  • Belo Horizonte (MG)
  • Brasília (DF)
  • Campo Grande (MS)
  • Canoas (RS)
  • Cidade Ocidental (GO)
  • Corumbá (MS)
  • Curitiba (PR)
  • Florianópolis (SC)
  • Formosa (GO)
  • Fortaleza (CE)
  • Guaratinguetá (SP)
  • Juiz de Fora (MG)
  • Ladário (MS)
  • Lagoa Santa (MG)
  • Luziânia (GO)
  • Manaus (AM)
  • Novo Gama (GO)
  • Pirassununga (SP)
  • Planaltina (GO)
  • Porto Alegre (RS)
  • Recife (PE)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • Salvador (BA)
  • Santa Maria (RS)
  • Santo Antônio do Descoberto (GO)
  • São Paulo (SP)
  • Valparaíso de Goiás (GO)

As interessadas poderão escolher se desejam incorporar a Marinha, Exército ou Aeronáutica. A análise das inscrições terá como base os critérios de aptidão da candidata e a especificidade exigida pela Força Armada.

O processo de recrutamento será dividido nas etapas de alistamento, seleção geral, seleção complementar, designação/distribuição e incorporação. Durante as seleções, as candidatas deverão passar por entrevista, inspeção de saúde (exames clínicos e laboratoriais) e testes físicos.

A incorporação das aprovadas irá ocorrer no primeiro ou segundo semestre de 2026 (de 2 a 6 de março ou de 3 a 7 de agosto). A princípio, as escolhidas irão ocupar a graduação de soldado (Exército e Aeronáutica) ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha, e terão os mesmos direitos e deveres dos homens.

O serviço militar terá duração de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por até oito anos. Em nota, o Ministério da Defesa afirmou que pretende aumentar o número de mulheres recrutadas pelo Serviço Militar Feminino de forma gradual, até que se atinja 20% das vagas.

Mulheres nas Forças Armadas

Atualmente, as mulheres ocupam 37 mil vagas nas Forças Armadas, o correspondente a 10% do total de efetivo. As principais funções exercidas pelo contingente feminino são saúde, ensino e logística.

Além dessas, as mulheres também têm acesso à área combatente por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval (CN), da Marinha, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Aeronáutica. 

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