3ª vítima é localizada após queda de ponte entre TO e MA; buscas seguem nesta terça
19 municípios podem ser impactados após produtos químicos caírem no rio Tocantins devido ao desabamento da ponte Juscelino Kubitschek; 76 toneladas de ácido sulfúrico foram derramados na tragédiaTerceira vítima do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que fica sobre o rio Tocantins, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), no último domingo, 22, foi encontrada na manhã desta terça-feira, 24. Com a confirmação, três mortes são contabilizadas e 14 pessoas seguem desaparecidas.
As buscas foram retomadas pelo Corpo de Bombeiros nesta terça. Até o momento, a terceira vítima não foi identificada.
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Um dos corpos localizados foi o de Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos. O outro é de Lorrany Sidrone de Jesus, de apenas 11 anos, que estava em um caminhão que transportava portas.
Após vistoria realizada nas cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) nessa segunda-feira, 23, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que foi decretada emergência para acelerar os procedimentos administrativos para pronta resposta. Ademais, foi instaurada uma sindicância investigativa para apurar as causas e responsabilidades sobre a ocorrência.
Também foi divulgado pelo órgão que é esperada a contratação emergencial de reconstrução da ponte ainda em 2024. O DNIT destacou que “dispõe de todos os recursos técnicos e financeiros para a reconstrução da estrutura”.
O DNIT estima que serão necessários entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões para a reconstrução da estrutura em um prazo estipulado de 12 meses para a entrega da obra.
Produtos químicos caíram no rio Tocantins
Com o desabamento da ponte, três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, produto corrosivo, caíram no rio, segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Por precaução, o governo do Maranhão suspendeu a captação de águas para abastecimento público nos municípios banhados pelo rio Tocantins até que a concentração dos resíduos químicos esteja baixa o suficiente e não ofereça danos para os consumidores.
Conforme a ANA, 19 municípios que estão na direção em que corre o fluxo da água do rio podem ser impactados. Onze deles são do Tocantins:
- Aguiarnópolis,
- Carrasco Bonito,
- Cidelândia,
- Esperantina,
- Itaguatins,
- Maurilândia do Tocantins,
- Praia Norte,
- Sampaio,
- São Miguel do Tocantins,
- São Sebastião do Tocantins e
- Tocantinópolis.
Os outros oito municípios se localizam no Maranhão:
- Campestre do Maranhão,
- Estreito,
- Governador Edison Lobão,
- Imperatriz,
- Porto Franco,
- Ribamar Fiquene,
- São Pedro da Água Branca e
- Vila Nova dos Martírios.
Após o ocorrido, a Prefeitura de Estreito alertou a comunidade para que evitem qualquer contato com a água do rio, visto que os produtos podem desencadear reações graves e riscos à saúde, como queimaduras e intoxicações.
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema/MA) comunicou que está acompanhando a atuação das empresas responsáveis pelas cargas dos caminhões que caíram, para assegurar que sejam cumpridas as ações de emergência para contenção dos danos.
Para acompanhar a qualidade da água, a ANA, em articulação com a Sema/MA, está realizando coletas de amostras em cinco pontos, desde a barragem da usina hidrelétrica de Estreito até a cidade de Imperatriz, no Maranhão. A Agência comunica que está verificando os parâmetros básicos da água nesse trecho nesta terça, 24.
Políticos sobrevoaram o local onde ponte caiu
O ministro dos Transportes, Renan Filho, junto do governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB) e do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), sobrevoaram o local da tragédia nessa segunda-feira, 23, para averiguar a situação.
Em coletiva de imprensa, o ministro declarou estado de emergência devido ao desabamento da ponte e disse, ainda, que irá destinar mais de R$ 100 milhões para garantir a reconstrução imediata da plataforma.