Avião caiu em Gramado: o que se sabe e o que falta saber? Veja últimas notícias

Ainda não há confirmação do que teria causado a queda da aeronave, mas, no momento do acidente, a visibilidade estaria prejudicada; veja o que sabe

Um avião caiu na manhã desse domingo, 22, em Gramado, na serra gaúcha e deixou 10 mortos. As causas do acidente continuam sendo investigadas, mas as condições meteorológicas desfavoráveis podem ter contribuído para a queda da aeronave.

O acidente aconteceu na área central da cidade, perto da Avenida das Hortênsias. A queda foi registrada por volta das 9h30min. A bordo, estava o empresário Luiz Galeazzi e familiares.

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Avião cai em Gramado: o que aconteceu?

A aeronave havia decolado do Aeroporto de Canela (RS) às 9h15min, com destino a Jundiaí (SP), aponta a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) em nota ao O POVO.

De acordo com informações da Defesa Civil Nacional, minutos após decolar, a aeronave bateu contra a chaminé de um prédio. Em seguida, acertou o segundo andar de uma casa e, então, caiu sobre uma loja de móveis. Os destroços atingiram uma pousada.

Devido ao comprometimento da estrutura, a pousada atingida foi interditada. Os hóspedes que não precisaram de atendimento foram retirados ainda pela manhã.

O local do acidente fica numa área central da cidade, que recebe a maior quantidade de turistas neste período, devido às celebrações natalinas. Por isso, a tradicional festa do Natal de Luz de Gramado, no Rio Grande do Sul, foi suspensa em decorrência do acidente de avião.

17 pessoas ficaram feridas

Além das dez vítimas, 17 pessoas ficaram feridas em solo após a queda do avião. Duas estão internadas em estado grave devido às queimaduras causadas pelo incêndio gerado pelo acidente, enquanto cinco receberam alta.

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Acidente em Gramado: quem estava na aeronave?

Dez pessoas estavam na aeronave, todas da família do empresário Luiz Gláudio Galeazzi, que pilotava o bimotor.

Ele estava acompanhado da esposa e dos três filhos do casal, além da irmã, do cunhado, da sogra e de outras duas crianças.

O empresário e proprietário do bimotor era CEO e sócio da Galeazzi & Associados, empresa referência em gestão de crise e reestruturação de negócios. A empresa foi fundada pelo pai dele, que morreu de câncer em 2023.

Coincidência trágica

A tragédia deste domingo, em Gramado, não foi o único acidente aéreo a atingir a família Galeazzi. Em 2010, a mãe de Luiz, Maria Leonor Salgueiro Galeazzi, morreu na queda de um avião bimotor em Sorocaba, no interior de São Paulo.

Gramado: como foi o resgate após queda de avião?

Os corpos das vítimas do acidente aéreo foram retirados pelas equipes de resgate no início da noite de domingo após a liberação dos peritos, enquanto as autoridades ainda buscavam acessar a maior parte dos destroços.

Segundo Maurício Ferro Corrêa, coronel do Corpo de Bombeiros Militar, as primeiras vítimas foram encontradas na entrada da loja onde a aeronave parou e explodiu.

“Depois da liberação da perícia, todos os fragmentos dos corpos encontrados foram recolhidos. Eles serão encaminhados para análise pericial, a fim de confirmar que todas as pessoas que estavam na aeronave foram localizadas e descartar a possibilidade de vítimas não identificadas em solo”, explicou em coletiva de imprensa.

Acidente em Gramado: qual o modelo da aeronave?

Segundo informações da Infraero, a aeronave bimotor saiu do aeroporto de Canela com destino a Jundiaí, em São Paulo, na região Sudeste.

O modelo da aeronave é o Piper PA-42-1000 Cheyenne 400, que foi fabricado pela primeira vez em 1977, pela Piper Aircraft. O avião comporta entre seis e nove pessoas, entre passageiros e tripulação. O primeiro voo ocorreu em 1979, dois anos após sua fabricação.

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Avião cai em Gramado: o que causou o acidente?

Até a publicação desta matéria ainda não há confirmação do que teria causado a queda da aeronave, mas no momento do acidente, a visibilidade estaria prejudicada.

"Estamos levantando as condições climáticas específicas daquele momento. Os primeiros relatos dão conta de uma condição que não ensejaria a decolagem, em especial de uma aeronave desse porte", afirmou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que os próximos passos serão coletar e confirmar dados, preservar elementos, verificar danos causados à aeronave ou por ela e levantar informações para investigação.

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