Casos de Covid-19 voltam a crescer no Brasil; Ceará mantém tendência de alta, diz boletim

Entre os estados com crescimento de casos de Covid-19 estão Ceará, Minas Gerais e Sergipe, entre as capitais que apresentaram sinais de aumento foram Fortaleza, Aracaju e Belo Horizonte

20:33 | Dez. 19, 2024

Por: Fabrícia Braga
Casos de Covid-19 voltam a crescer em algumas regiões do Brasil (foto: FERNANDA BARROS)

O novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira, 19, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta um aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 em determinados estados do País.

O levantamento abrange a Semana Epidemiológica 50, de 8 a 14 de dezembro, e evidencia um cenário de crescimento especialmente no Ceará, Minas Gerais, Sergipe e Rondônia, além do Distrito Federal.

Enquanto o Ceará mantém uma tendência de alta, Minas Gerais apresenta os primeiros sinais de crescimento, com impacto mais acentuado na população idosa. Já em Sergipe e Rondônia, a elevação no número de casos também é atribuída ao aumento de infecções por Covid-19.

De acordo com a Fiocruz, no contexto nacional, o estudo revelou o crescimento de SRAG tanto em tendências de longo prazo (seis semanas) quanto de curto prazo (três semanas). Entre os estados com aumento na tendência de longo prazo estão Amazonas, Acre, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.

Em algumas localidades, como Acre, Distrito Federal, Minas Gerais e Sergipe o crescimento de casos entre crianças e adolescentes está relacionado a outros vírus respiratórios, como rinovírus e metapneumovírus.

Dez capitais, incluindo Aracaju, Belo Horizonte, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Vitória e Rio Branco, apresentam sinais de aumento nos casos de SRAG.

Entre os vírus detectados, o SARS-CoV-2 (causador da Covid-19) foi o responsável por 31,1% dos casos positivos nas últimas quatro semanas, seguido por rinovírus (38,6%) e influenza A (7,6%). No caso de óbitos, o SARS-CoV-2 representou 63,6% das ocorrências.

Para o final de ano, as autoridades de saúde recomendam o uso de máscaras ao surgirem sintomas gripais e priorizar ambientes ventilados, visando minimizar os riscos de transmissão, especialmente diante do aumento recente de casos de Covid-19 em algumas localidades.

Com 170.434 casos de SRAG registrados até o momento em 2024, a Fiocruz orienta para a necessidade de acompanhamento contínuo e reforço nas medidas preventivas, principalmente nas festas de fim de ano, para evitar novos picos de infecção.