Ministério da Saúde lança painel sobre saúde da população negra

Ferramenta deverá conter indicadores sociodemográficos, de morbidade e de mortalidade específicos; ação compõe seminário sobre equidade étnico-racial na saúde

É lançado nesta segunda-feira, 16, o Painel Saúde da População Negra, ferramenta nacional que reúne dados específicos sobre o atendimento às populações pretas e pardas no país. Idealizado pelo Ministério da Saúde (MS), a plataforma visa fornecer informações para aprimorar os serviços prestados ao público.

Entre os dados disponibilizados pelo Painel estão indicadores sociodemográficos de morbidade e de mortalidade da população negra no Brasil. As informações foram coletadas a partir da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) e da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic), realizadas no ano de 2021.

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De acordo com o MS, o Painel também se vale de buscas por termos-chave presentes nos Planos Municipais de Saúde através do Sistema Digital dos Instrumentos de Planejamento (DigiSUS), do quadriênio 2021-2024.

Para o assessor especial para Equidade em Saúde do ministério, Luís Eduardo Batista, a base de dados é um importante passo para saber o que está funcionando e quais pontos precisam ser melhorados no atendimento em saúde ao negros.

“O Painel de indicadores de Saúde da População Negra é uma demanda antiga dos movimentos sociais negros. Ele permitirá o monitoramento e a avaliação do processo de implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra”, enfatiza o assessor especial, em nota.

Painel compõe seminário sobre equidade étnico-racial

O lançamento da plataforma foi realizado durante o seminário Seminário Equidade Étnico-Racial nas Redes de Atenção à Saúde (RAS), que discute estratégias antirracistas e de promoção da equidade étnico-racial.

Entre as ações destacadas está o fomento às Políticas Nacionais de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) e de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (Pnaspi).

Até a próxima terça-feira, 17, temas como morbimortalidade materna e infantil na população negra, racismo nas redes de saúde, barreiras de acesso, cuidados no pré-natal, parto, pós-parto e puerpério, entre outros.

Ao final do evento, são esperadas proposições de novas ações entre gestores e profissionais da saúde para promoção da equidade étnico-racial nas redes de atenção à saúde, bem como firmamento de novas parcerias.

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