Morre aos 93 anos o físico Rogério Cerqueira Leite
O engenheiro faleceu em Campinas, no Hospital Centro Médico, onde estava internado desde o dia 18 de novembro
14:19 | Dez. 01, 2024
O engenheiro e físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite faleceu na madrugada deste domingo, 1º, aos 93 anos. Formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), foi professor na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Universidade de Paris.
Um dos maiores nomes da ciência no Brasil, também foi presidente de honra do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
Leite deixa três filhos. Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “Rogério Cerqueira Leite foi um dos nossos maiores cientistas e um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da pesquisa e pelos avanços da ciência no Brasil”.
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E completou: “Em 93 anos de vida, deixou contribuições em tantas áreas que seu legado continuará dando frutos e não será esquecido. Meus sentimentos aos familiares, amigos, alunos e admiradores de Rogério Cerqueira Leite”.
O pesquisador foi um dos responsáveis pela viabilização do projeto e construção do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e pelo início da criação do CNPEM, que, também em nota, afirmou: “O falecimento do professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite é sentido com grande pesar por todos os colaboradores do CNPEM e, certamente, por grandes entusiastas da ciência, tecnologia e inovação no Brasil”.
Camilo Santana lamenta o falecimento do cientista
Em publicação feita no Instagram neste domingo, 1º, o ministro Camilo Santana (PT) lamentou a morte do cientista e reafirmou a perda para a ciência brasileira.
“A ciência brasileira perde hoje um de seus grandes nomes. Rogério Cerqueira Leite nos deixa aos 93 anos, com um grande legado na pesquisa e na luta por um país mais desenvolvido, justo e democrático. Meus sentimentos aos familiares, alunos e amigos”, declarou o petista.
Presidente do BNDES relembra a trajetória do físico
Em nota de pesar, Aloísio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), declarou "profunda tristeza" ao receber a notícia.
Mercadante destacou que o cientista “deixa um legado para o desenvolvimento científico nacional, especialmente na Unicamp, onde dirigiu o Instituto de Física e criou o Departamento de Física do Estado Sólido, além de ter implementado o Departamento de Música e o Instituto de Arte”.
Ele relembrou que, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), trabalhou ao lado de Leite na construção e implantação do projeto Sirius, do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), em Campinas, onde está o acelerador de partículas com o maior brilho do mundo.
“Sem o professor Cerqueira Leite, a ciência brasileira ficará carente de uma figura fundamental, que, além da contribuição intelectual, tinha profundo compromisso com a soberania nacional e com a democracia. Neste momento de dor, deixo meu abraço fraterno a todos os familiares, amigos e alunos do professor Rogério Cerqueira Leite”, finalizou o presidente do banco. (colaborou Sofia Herrero/Especial para O POVO)