Caso do serial killer de Maceió pode chegar a 18 vítimas; 10 confirmadas
Considerado o maior serial killer da história do estado de Alagoas, homem foi preso no mesmo bairro onde cometia os crimes; entenda possível aumento de vítimas
22:56 | Nov. 20, 2024
A investigação dos crimes de Albino Santos de Lima, de 42 anos, pode aumentar o número de vítimas do serial killer para 18. O homem já é responsável por 10 mortes em Maceió, capital de Alagoas: sete mulheres e três homens.
De acordo com a Polícia Científica alagoana, a investigação que conectou Albino às mortes aconteceu após o assassinato de sua última vítima, Ana Beatriz, de 13 anos. A garota foi socorrida, mas morreu no Hospital Geral do Estado.
O serial killer foi preso em 17 de setembro e teve uma pistola calibre .38 e um celular apreendidos. Os objetos foram analisados pelo Instituto de Criminalística de Maceió e confirmaram a ligação entre a arma de fogo e os 10 casos de homicídio.
A possível conexão com outras mortes, além das confirmadas, é investigada pela Polícia Civil de Alagoas.
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Serial killer em Maceió: homem tinha pasta no celular para vítimas
Em um novo depoimento, ao lado de seu advogado, Albino Santos assumiu a autoria de oito dos crimes, mas afirmou que as vítimas faziam parte de organizações criminosas. As investigações não apontam essa linha de motivação.
Na perícia de seu aparelho celular, dados armazenados na nuvem apresentaram vestígios dos homicídios cometidos.
“Os registros foram encontrados em duas pastas: Odiada Instagram e Mortes especiais. Fotos e nomes de vítimas de homicídio eram colocados junto de um calendário com a data do fato marcada”, explicou em nota o perito criminal José de Farias, responsável pelo exame.
“Ele também tirava prints de matérias de sites relacionadas aos crimes e chegou a tirar fotos dentro do cemitério e da lápide, provavelmente de uma das vítimas. Havia também registros de homicídios ocorridos entre 2019 e 2020, que devem ser alvos de análise pela Polícia Civil”, completa.
As vítimas mulheres possuíam um perfil semelhante, segundo apontou o delegado Gilson Rego. Eram “morenas, jovens, geralmente de cabelo cacheado”.
O chefe do Instituto de Criminalística de Maceió revelou que o exame no celular também apresentou mais pastas, estas com imagens de sobreviventes e de possíveis futuras vítimas.
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