G20: o que é o grupo, quais países participam, programação e mais

O primeiro dia da Cúpula do G20 aconteceu nesta segunda, dia 18 e vai até amanhã, 19 de novembro; entenda tudo sobre o G20 e o que foi decidido hoje

00:12 | Nov. 19, 2024

Por: Danielle Christine
G20 em 2024 acontece no Rio de Janeiro (foto: Audiovisual G20 Brasil/ Divulgação)

A Cúpula de Líderes do G20 começou nesta segunda-feira, 18, e termina nesta terça, 19. Com a presença das lideranças dos 19 países membros, mais a União Africana e a União Europeia, a 25ª reunião acontece no Brasil, no Rio de Janeiro (RJ).

VEJA os três momentos que marcaram o primeiro dia do G20

A Cúpula é realizada para ser apresentada a conclusão dos trabalhos conduzidos pelo país que ocupa a presidência rotativa do grupo. É o momento em que chefes de Estado e de Governo aprovam os acordos negociados ao longo do ano, e apontam caminhos para lidar com os desafios globais.

Quais são os países do G20? Confira lista

Os países que integram o G20 são (em ordem alfabética):

  • África do Sul
  • Alemanha
  • Arábia Saudita
  • Argentina
  • Austrália
  • Brasil
  • Canadá
  • China
  • Coreia do Sul
  • Estados Unidos
  • França
  • Índia
  • Indonésia
  • Itália
  • Japão
  • Reino Unido
  • Rússia
  • Turquia
  • União Europeia
  • União Africana

O que é o G20 e quais são seus objetivos?

O G20 ou Grupo dos 20 foi criado em 1999, após as sucessivas crises financeiras da década de 1990. É um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 18 maiores economias do mundo mais a União Africana e União Europeia.

Juntos, representam cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população global. Suas cúpulas anuais reúnem líderes mundiais para definir diretrizes e compromissos sobre esses temas.

O grupo tem como principal objetivo promover a cooperação econômica, financeira e política entre as maiores economias do mundo, incluindo países desenvolvidos e emergentes. Ele serve como um fórum para discutir questões globais e buscar soluções conjuntas para desafios econômicos e financeiros.

O G20 busca fortalecer a estabilidade econômica e evitar crises financeiras globais, por meio da coordenação de políticas econômicas entre os países membros, além de promover estratégias para impulsionar o crescimento econômico sustentável e inclusivo, abordando questões como mudanças climáticas, desigualdade social e desenvolvimento tecnológico.

O G20 tem o propósito de dialogar temas que sugerem um crescimento econômico, como inteligência artificial, segurança digital e transição energética, que impactam a economia e a sociedade global.

Qual a posição do Brasil no G20?

O Brasil assumiu a presidência do G20 em 1º de dezembro de 2023, integra o grupo 3, ao lado de Argentina e México.

Quem é o líder do G20? 

A presidência rotativa do grupo este ano está com o Brasil, que promove reuniões para discutir temas como inclusão social, governança global e transição energética. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva preside a cúpula, enquanto os líderes tratam de tópicos como a erradicação da fome e desenvolvimento sustentável.

Veja qual foi a declaração final da cúpula do G20 nesta segunda-feira

Na cúpula do G20 encerrada nesta segunda-feira , 18, no Rio de Janeiro, os líderes das maiores economias globais aprovaram uma declaração final que enfatiza a responsabilidade fiscal e políticas de crescimento sustentável.

O documento destaca a necessidade de reconstruir reservas nacionais e adotar medidas que catalisem investimentos públicos e privados, promovendo produtividade e inclusão social.

Sustentabilidade fiscal e justiça tributária

A declaração reafirma que os países membros do G20 trabalharão para garantir a sustentabilidade fiscal ao mesmo tempo em que promovem o crescimento econômico.

“Nossas políticas fiscais irão garantir a sustentabilidade fiscal e reconstruir as reservas, mantendo-se favoráveis ao crescimento e catalisando investimentos públicos e privados em reformas que aumentem a produtividade”, diz o texto.

Além disso, o grupo aplaudiu as recentes reformas fiscais de diversos membros, focadas em reduzir desigualdades e promover sistemas tributários mais progressivos. Essas ações são consideradas essenciais para avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Crescimento inclusivo e combate às pressões econômicas

O compromisso com um crescimento “forte, sustentável, equilibrado e inclusivo” também foi reiterado, com ênfase em enfrentar o aumento do custo de vida e mitigar pressões econômicas globais.

Esse posicionamento ocorre em um momento em que o cenário fiscal está no centro das atenções, principalmente no Brasil, onde o governo prepara um pacote de ajuste fiscal pós-eleições municipais.

Autonomia dos bancos centrais

Outro ponto relevante da declaração foi a defesa da independência dos bancos centrais. A medida busca garantir a estabilidade financeira global, apesar das recentes tensões em países como Brasil e Estados Unidos.

No Brasil, o debate sobre a autonomia do Banco Central tem sido tema de discussão política, enquanto nos EUA, o presidente Donald Trump, reeleito recentemente, indicou durante sua campanha o desejo de interferir nas decisões do Federal Reserve.

Confira programação da cúpula do G20 no RJ

Terça-feira:

  • 10h: 3ª Sessão da Reunião de Líderes do G20: "Desenvolvimento Sustentável e Transição Energética"
  • 12h30: sessão de encerramento da Cúpula de Líderes do G20 e cerimônia de transmissão da presidência do G20 do Brasil para a África do Sul - Local: Sala Plenária - MAM - Museu de Arte Moderna
  • 14h30: entrevista coletiva de Lula

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