Mulher é condenada em Portugal por racismo contra filhos de Ewbank e Gagliasso

Adélia Barros deve cumprir oito meses de prisão pelas injúrias proferidas contra as crianças

A Justiça de Portugal condenou, na sexta-feira, 15, a mulher que cometeu racismo contra os filhos da apresentadora Giovanna Ewbank e do ator Bruno Gagliasso em 2022. Conforme o jornal português Público, Adélia Barros deve cumprir oito meses de prisão pelas injúrias proferidas contra as crianças.

A sentença foi emitida pelo Tribunal de Almada e a ré deve cumprir a pena em liberdade, desde que não volte a cometer o mesmo crime no período de quatro anos. Ela também deve arcar com um valor de 14 mil euros (equivalente a cerca de R$ 85 mil) como multa.

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O caso aconteceu em 2022, quando o casal de artistas brasileiros passava férias em família em Portugal. A situação foi exposta após imagens de uma discussão entre Ewbank e Adélia repercutirem nas redes sociais. 

Em vídeo que mostra a briga, é possível ouvir a artista chamando a mulher de "racista nojenta, horrorosa e feia", falando ainda coisas como "Eu tenho pena de você. Você merece um soco, uma porrada". 

A discussão foi iniciada após Adélia ter proferido injúrias racistas contra Chissomo e Bless, na época com nove e sete anos, respectivamente, filha e filho da apresentadora e de Bruno Gagliasso, que também estava presente. A mulher teria chamado as crianças de "pretos imundos" e mandado eles "voltarem para a África".

Adélia chegou a ser presa minutos depois, sendo levada por policiais da Costa da Caparica, região onde aconteceram os atos criminosos, mas foi liberada no dia seguinte. 

Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank se pronunciam 

Depois da sentença ser anunciada, o casal Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank fez uma publicação em conjunto no Instagram para falar sobre o fato e celebrar a decisão da Justiça. De acordo com o texto postado pelo casal, essa foi a "primeira vez que a lei portuguesa condenou uma pessoa em consequência do racismo".

"Assim como já dissemos, mas precisamos repetir: sabemos que essa vitória acontece por termos visibilidade e por sermos brancos. Sabemos que somos mais ouvidos que quaisquer mãe ou pai negros que ainda são silenciados. Sabemos. E não podemos parar – principalmente se o nosso privilégio fizer diferença numa luta. É esse o nosso papel, é esse o papel da branquitude", enfatizaram em texto.

Eles também lembraram que, em agosto último, tiveram outra vitória judicial, quando a socialite Day McCarthy foi condenada pela Justiça do Rio de Janeiro por ter cometido racismo contra Chissomo, filha do casal e conhecida também como Titi. A condenação foi de oito anos e nove meses de prisão.

 

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