Jovem é barrado em local de prova do Enem após ser assaltado no RJ
Candidato não pôde fazer a prova pois teve a identidade roubada a caminho do exame; crime teria sido cometido por torcedores do Flamengo, devido ao estudante estar usando uma mochila do Fluminense
10:53 | Nov. 04, 2024
Um jovem de 17 anos foi impedido de participar do primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) durante esse domingo, 3, após ter sido assaltado a caminho do local de prova no Rio de Janeiro. Na ocasião, o estudante foi barrado na portaria do estabelecimento onde prestaria o vestibular por não apresentar o documento de identidade original, levado durante a ação criminosa.
De acordo com o adolescente, tudo aconteceu durante o percurso até a escola onde o ele realizaria o Enem.
Ele relatou ao portal g1 Rio de Janeiro que, nas imediações do estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, teria sido abordado por torcedores do Flamengo, que ao perceberem que ele usava uma mochila do Fluminense, clube rival da capital carioca, tomaram o acessório onde estavam os documentos e utensílios para a prova.
“Aí puxaram minha bolsa para trás e falaram: ‘Fluminense aqui não’”, contou o estudante ao portal.
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Chegando no local de prova, ele explicou a situação, mas mesmo assim foi informado que não poderia realizar o exame sem a identidade, que acabara de ser roubada. Assustado, ele ligou para o pai, que levou uma cópia autenticada do documento para o ponto de aplicação, o que não funcionou.
“Chegamos à escola e ele explicou o ocorrido. O rapaz disse que não podia fazer prova sem o documento. Ele me liga, eu estava na rua ainda voltei correndo. Cheguei na porta às 12h50min, levando a cópia autenticada, já que roubaram a original. O rapaz da coordenação olhou e falou que não podia porque era uma cópia autenticada”,afirmou o pai do jovem, também ao g1 Rio de Janeiro.
Jovem teria pedido ajuda à policiais no local
Sem recursos e às vésperas do fechamento dos portões, o rapaz procurou a ajuda de policiais que estavam ali próximo. Entretanto, os mesmos teriam dito que não poderiam fazer nada para ajudá-lo.
De acordo com o 6° Batalhão de Polícia Militar do Rio, que responde pelo bairro da Tijuca, uma apuração sobre o ocorrido foi iniciada junto às equipes da região.
O POVO procurou o Instituo Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) para mais informações sobre o ocorrido e aguarda resposta.