Número de óbitos por dengue em 2024 ultrapassa o de mortes por Covid-19 no Brasil
Ceará teve seis mortes por Covid-19 este ano; no País, foram 5,6 mil. Mulheres tiveram mais diagnósticos confirmados de dengue do que homensO número de mortes por dengue em 2024 superou o de óbitos por Covid-19 no Brasil no mesmo período. Marca foi registrada durante a última quinta-feira, 17. Segundo dados do Painel de Monitoramento do Ministério da Saúde (MS), 5,6 mil pessoas faleceram no País este ano vítimas da doença transmitida pelo Aedes aegypti, enquanto 5,1 mil foram vítimas do novo coronavírus.
Ainda de acordo com o Painel, outras 1.441 mortes estão em investigação em território nacional, com suspeita de dengue. Ao todo, mais de 6 milhões de casos foram registrados em todo o Brasil durante o ano. Os dados estão em queda desde março, mês com maior nível de incidência, quando 1,7 milhão de pessoas foram infectadas.
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O total de casos de Covid-19 registrados no ano também é menor, com 757 mil somados. Segundo dados da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), o Estado teve 11.042 casos confirmados da arbovirose este ano, dos quais seis resultaram em morte.
A doença está em queda por todo o território nacional desde 2021, quando 14,6 milhões de casos foram anotados. A queda mais expressiva até o momento foi entre os anos de 2022 e 2023, que apontaram, respectivamente, 14 milhões e 1,8 milhão, decréscimo em torno de 80%.
Mulheres são mais infectadas por dengue do que homens
Ao todo, 55% dos casos de dengue este ano no Brasil foram diagnosticados em pessoas do sexo feminino. O público mais acometido pela doença são mulheres de 20 a 29 anos, que somam 643.015 ocorrências, seguidas pelas faixas etárias de 30 a 39, com 589.800, e 40 a 49, que concentram 574.755.
Entre os homens, esse público de 20 a 49 anos também é o mais afetado, com a mesma característica de quanto mais jovem o grupo, maior o número de casos.
Número de homens e mulheres infectados por dengue no Brasil
Os dados também apontam para uma maior incidência em pessoas brancas e pardas, que juntas, somam 76,5% dos casos. A menos afetada pela doença foi a população indígena, que totalizou apenas 0,2% dos diagnósticos.