Cachorro morre eletrocutado após tempestades em São Paulo

O animal não resistiu após tocar em fio de média tensão que se rompeu em temporal, e corpo ficou por quase 30 horas exposto na rua com cabo ainda energizado

Um cachorro morreu neste sábado, 12, após ser eletrocutado por um fio de média tensão que estava partido e exposto. O caso aconteceu em Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, e foi compartilhado nas redes sociais por Rafael Khane, tutor do animal que se chamava Bartho.

Kahane relatou que na manhã do último sábado, 12, ele e esposa Marina Guedes, saíram como de costume para passear com seus cachorros, Bartho e Jujuba. Bartho estava sem coleira e um pouco à frente dos donos quando, então, pisou num cabo de média tensão que estava rompido e morreu na hora.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

"Tivemos que conter o nosso instinto de não colocar as mãos para tentar salvá-lo, tive que segurar firme na mão da minha esposa para que a gente fosse forte e ficasse ali parado ao lado dele", disse Rafael na publicação.

Além do choque e da tristeza de perder o pet, Rafael e Marina passaram cerca 30 horas esperando para resgatar o corpo de Bartho. O tutor informou que mais de 20 pessoas ligaram para a Enel Distribuição, mas sem retorno. Somente na manhã deste domingo, 13, técnicos da companhia realizaram o desligamento da transmissão de energia, o que permitiu a remoção do animal.

Temporal em São Paulo expõe a população a riscos

O cabo de transmissão de energia que matou Bartho se rompeu durante a tempestade ocorrida na noite da última sexta-feira, 11. A cidade de São Paulo foi atingida por ventos de 107,6 km/h, de acordo com informações da Defesa Civil estadual. Segundo o órgão, foi a ventania mais forte registrada na capital paulista desde 1995.

A contagem oficial do Estado aponta que os efeitos do temporal mataram ao menos sete pessoas na Grande SP e no interior do estado. Rafael Kahane falou dos riscos da situação. "Poderia ser uma criança, poderia ser uma pessoa, poderia ser qualquer um, mas por levantarmos cedo para passear, fomos os primeiros a enfrentar essa crueldade do destino".

O tutor de Bartho declarou que pretende entrar com medidas judiciais contra a Enel, e ele não é o único. Até as 18h40min de sábado, cerca de 750 mil clientes (dos cerca de 2,1 milhão de afetados) tiveram o serviço restabelecido. Contudo, cerca de 1,35 milhão de clientes ainda continuavam afetados, segundo a Enel.

Em nota, a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), declarou que também acionará meios judiciais "tendo em vista os danos milionários causados aos estabelecimentos gastronômicos". Por conta do apagão, bares e restaurantes ficaram impossibilitados de funcionar.

Vítimas e prejuízo em São Paulo: o que diz a Enel

Sobre o caso da morte de Bartho, a Enel Distribuição emitiu uma nota oficial.

“A Enel Distribuição São Paulo lamenta a morte do cachorro Bartho, ocorrida após o animal entrar em contato com um cabo de média tensão da companhia em Santo Amaro, em função do severo evento climático que afetou a área de concessão. A distribuidora isolou o risco no local e encaminhou uma equipe para realizar os reparos necessários na rede. A empresa acrescenta que entrará em contato com os tutores para oferecer assistência”, diz o comunicado.

Sobre as reclamações da Fhoresp e outros clientes, ainda não há posição oficial da Enel, mas nas redes sociais a empresa anunciou que mobilizou equipes do Ceará e do Rio de Janeiro para mitigar a crise que já dura dois dias na capital paulista.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar