Justiça afirma que Gusttavo Lima deu "guarida a foragidos", dono e executiva da VaideBet
O dono e a co-ceo da casa de apostas VaideBet foram a um aniversário do cantor na Grécia, no início de setembro, e não retornaram ao Brasil, como previa o voo feito pela aeronave de Gusttavo
19:21 | Set. 23, 2024
Na decisão que pediu a prisão de Gusttavo Lima, nesta segunda-feira, 23, foi mencionado que o dono da casa de apostas VaideBet, José André da Rocha Neto, e a co-ceo da empresa, Asilla Sabrina Truta Henriques Rocha. Segundo o portal g1, os dois teriam ido à festa de aniversário do cantor, na Grécia, e no retorno, após a Justiça cumprir os primeiros mandados da Operação, o casal ficou na Espanha, não retornando à Goiânia, que era o destino do percurso.
"No dia 7 de setembro de 2024, o avião de matrícula PS-GSG retornou ao Brasil, após fazer escalas em Kavala, Atenas e Ilhas Canárias, pousando na manhã do dia 8 de setembro no Aeroporto Internacional de Santa Genoveva, em Goiânia. Curiosamente, José André e Aislla não estavam a bordo, o que indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça", traz a decisão judicial.
O cantor sertanejo Gusttavo Lima teve a prisão decretada após determinação da Justiça de Pernambuco.
Na decisão da juíza Andrea Calado da Cruz, o artista mineiro deve ser preso a partir da operação “Integration”, iniciada em abril de 2023, que visa impedir crimes de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais. O caso é o mesmo que prendeu a influenciadora e advogada Deolane Bezerra no início do mês.
“Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, detalhou a juíza.
Na decisão, o Tribunal de Justiça de Pernambuco acrescenta que há suspeitas na viagem de Gusttavo à Grécia, realizada na primeira semana de setembro. “Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia - Atenas - Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala - Atenas - Ilhas Canárias - Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha”, explica.
Com a situação, a juíza avalia: “Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima [nome de batismo de Gusttavo Lima]”. (Colaborou Lílian Santos)