Veja momento em que mulheres denunciadas por racismo são presas no Rio

Mulheres abrigadas no McDonald’s são levadas para delegacia após serem acusadas de racismo no Rio de Janeiro; confira vídeo

18:10 | Ago. 31, 2024

Por: Danielle Christine
Bruna e Susane Paula Muratori, que moram em lanchonete do Leblon desde janeiro deste ano, foram acusadas de racismo por clientes do estabelecimento (foto: Reprodução/redes sociais)

O caso das mulheres que vivem em um McDonald's no Leblon ganhou mais destaque na última sexta-feira, 30 de agosto, quando elas foram levadas à delegacia por suspeita de injúria racial.

Mãe e filha que "moram" em McDonald's são acusadas de racismo

Susane Paula Muratori Geremia, de 64 anos, e sua filha Bruna Muratori Geremia, de 31, estão morando no McDonald's desde fevereiro de 2024, usando o local como abrigo. Elas permanecem no estabelecimento durante o dia e só saem à noite, após o fechamento da loja.

Mulheres acusadas de racismo são presas no Rio: veja vídeo

O incidente de racismo ocorreu quando uma mãe e sua filha de 15 anos entraram na lanchonete para comprar um lanche e tiraram uma foto das "moradoras". Isso desencadeou uma reação agressiva de Susane e Bruna, que proferiram insultos racistas, chamando a família de "macaca".

As ofensas também incluíram termos como "preta nojenta", até que testemunhas no local chamaram a polícia. As mulheres foram detidas e levadas à 14ª DP do Leblon, junto com suas malas.

Confira vídeo:

 

Mulheres acusadas de racismo são presas no Rio: entenda mais sobre o caso

Este não é o primeiro episódio problemático envolvendo Susane e Bruna.

Elas têm um histórico de problemas legais, incluindo acusações de injúria racial em 2018 no Rio Grande do Sul e múltiplos casos de calotes em hoteis da Zona Sul do Rio.

Elas também já foram despejadas de um imóvel em Porto Alegre por falta de pagamento do aluguel.

Mesmo com a repercussão negativa, elas se mantêm no McDonald's, que ainda não tomou providências definitivas quanto à permanência delas.

Após o caso viralizar, assistentes sociais da Prefeitura, moradores e empresários da região chegaram a oferecer ajuda para as mulheres, com ofertas de moradia e vagas de emprego. Elas recusaram todas as propostas, conforme uma série de reportagens divulgadas na rádio CBN.

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