Pesquisador da UFC tem projeto selecionado pelo Instituto Serrapilheira

Pesquisadores aprovados no projeto vão receber apoio financeiro, entre R$ 200 mil a R$ 700 mil, por cinco anos

O Instituto Serrapilheira vai impulsionar a pesquisa científica no Brasil com um aporte financeiro de R$ 21 milhões para realizar pesquisas. Um total de 33 pesquisadores de 12 estados foram selecionados para receber o apoio, entre eles um pesquisador da da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Uma das chamadas públicas, focada em pós-docs negros e indígenas na área de ecologia, selecionou 13 pessoas. Com objetivo de não apenas financiar pesquisas inovadoras, mas também promover a inclusão desses grupos historicamente sub-representados na ciência.

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Além disso, outras 20 pessoas foram aprovadas, com foco em cientistas em início de carreira com cargos permanentes em instituições de ensino e pesquisa com atuação nas áreas de ciências naturais, ciência da computação e matemática. 

Entre os 20 pesquisadores selecionados na 7ª chamada pública está o pesquisador nordestino Arthur Pereira, que faz parte do Departamento de Ciências do Solo da UFC.

O tema escolhido pelo o pesquisador é “as crostas biológicas do solo podem ser uma estratégia baseada na natureza para restaurar as terras secas brasileiras afetadas pela desertificação?". De acordo com Arthur, receber o apoio do Instituto Serrapilheira é motivo de grande orgulho, dada a sua grande relevância para a ciência brasileira.

“Além de apoiar uma temática sensível, que é a desertificação, o apoio do Serrapilheira será fundamental para elevar o nível da pesquisa e a formação de recursos humanos no âmbito do Departamento de Ciências do Solo e do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo, dos quais faço parte” disse o pesquisador.

Artur destaca que um dos principais motivos para esse tema é especialmente o bioma Caatinga, por ser escasso e um dos principais desafios para jovens cientistas em início de carreira.

“As primeiras ações do projeto serão entender quais são os principais grupos de micro-organismos associados a essas crostas em regiões extremamente degradadas (em desertificação) da Caatinga. Este passo será realizado por meio de avaliações clássicas (cultivo in vitro) e também por meio de tecnologias modernas de sequenciamento genético”, informou.

Os projetos escolhidos abrangem desde estudos sobre transmissão cultural de dialetos vocais em primatas até modelos estatísticos para estimar incidências de doenças em regiões com dados limitados.

Cristina Caldas, diretora de Ciência do Serrapilheira, ressaltou sobre o processo de seleção dos candidatos, a grande excelência dos jovens cientistas brasileiros e a importância de ampliar os recursos disponíveis para garantir apoio contínuo à pesquisa de alto impacto.

"O nosso processo de seleção leva em consideração tanto a trajetória da pessoa, quanto o que ela já contribuiu até agora para a ciência, mas também precisamos que seja um projeto ousado e arriscado com forte base de ciência, e que esteja apresentando uma ideia ousada e original, vale destacar que os pesquisadores selecionados estão com projetos grandiosos e de grande impacto”, destacou Cristina.

A diretora ressalta que o diferencial do projeto é o apoio com o recurso que varia de R$ 200 mil a R$ 700 mil para serem distribuídos ao longo de cinco anos, além disso, os pesquisadores ganham um bônus de diversidade no valor de R$ 150 mil para que seja contratado ou formarem grupos de pesquisa para ciência.

O projeto tem colaboração com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e 11 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs).

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