ES: Mulher descobre câncer em exame admissional e amputa pernas
Após exame de sangue exigido em exame admissional, uma jovem de 25 anos teve pernas amputadas em decorrência de câncer na medula óssea
20:56 | Jun. 20, 2024

Uma mulher de 25 anos descobriu um câncer após exame admissional para um estágio em uma escola particular em Vitória, capital do Espírito Santo. A doença foi descoberta em exame de sangue realizado em julho de 2023, e, desde então, jovem passou por internações e cirurgias. Deppis, teve que amputar as duas pernas em decorrência da doença.
Em entrevista ao g1 Espírito Santo, a jovem relatou que em outros estágios eles não solicitaram exame de sangue. “Acredito que foi Deus que me levou àquele estágio, naquela escola, para descobrir a doença. É por isso que hoje, depois de tudo que aconteceu, eu vivo com gratidão."
O exame indicou que Bianca tinha os leucócitos alterados, que são as células responsáveis pela defesa do corpo. Por causa dessa mudança na taxa no exame, o médico não deu à estudante o Atestado de Saúde Ocupacional (ATS).
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A jovem achava que se tratava de um erro na clínica, mas realizou o mesmo exame em outro laboratório. Agendou uma exame na medula óssea, e o diagnóstico foi de Leucemia Linfoide Aguda (LLA), um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos.
Bianca começou a quimioterapia logo depois, em agosto de 2023. Teve alta em janeiro de 2024, mas retornou em pouco tempo ao hospital se queixando de uma febre e falta de ar. "Dois dias depois eu fui parar na emergência do hospital com muita febre e falta de ar. Entrei em coma e acordei somente sete dias depois", disse ao g1.
Descobriu depois que o que causou o coma foi uma infecção no pulmão. Com isso, as pernas haviam necrosado e precisaram ser amputadas.
"Quando ele falou que eu precisava amputar as pernas, eu entrei em desespero. Receber essa notícia foi até pior do que receber a notícia do câncer", comentou Bianca.
Atualmente fazendo manutenção do tratamento e em cadeira de rodas, a casa de Bianca precisou ser adaptada. O tratamento é feito no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes). Ao terminar as fisioterapias, a jovem deve ser beneficiada com próteses.
"Eu vou reaprender a andar e vou ter mais mobilidade e independência", explicou.