RS: após prisões por estupro, abrigos para desalojados terão policiais

Reforço da segurança foi anunciado após a prisão de seis pessoas, em três cidades, suspeitas de estupros; crianças são vítimas em quase todos os casos

Os abrigos para desalojados pelas enchentes no RS receberão policiamento após uma série de prisões terem ocorrido nos locais. O governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), anunciou nessa quinta-feira, 9, o reforço na segurança.

Nos últimos dois dias, seis pessoas foram presas por estupros cometidos nos abrigos. Os crimes ocorreram em alojamentos nas cidades de Porto Alegre, Canoas e Viamão.

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As duas primeiras cidades concentram cinco dos casos, que ocorreram em abrigos oficiais das Prefeituras e do Governo do Estado. Um dos crimes foi contra uma jovem, que não teve a idade revelada, e, nos outros, as vítimas são crianças de até dez anos.

Segundo o secretário da Segurança Pública do RS, Sandro Caron, os suspeitos são familiares das vítimas. Os crimes, de acordo com ele, já ocorriam antes das enchentes, e foram flagrados por outras pessoas nos abrigos.

Em Viamão, a vítima é uma garota de seis anos. Ela estava sem os pais — que ainda não haviam sido resgatados — em um abrigo não-oficial. Ao chegar no local, a mãe da criança notou que ela estava com uma roupa diferente da que usava quando foi socorrida, e a menina então relatou o abuso.

O caso foi denunciado à polícia e a criança foi transferida para uma unidade de saúde, onde recebeu atendimento médico. A chácara onde ocorreu o crime parou de receber refugiados das enchentes por estar sem fornecimento de água e de eletricidade.

Em todos os crimes, os suspeitos foram identificados e presos. Pelo menos outras 38 pessoas foram detidas por terem realizados saques. A polícia investiga ainda 27 casos de estelionato.

O Governo do Estado convocou policiais civis e militares da reserva para ajudarem no policiamento dos abrigos. A intenção é que os cadastros sejam realizados até esta sexta-feira, 10.

Colaborou Mario Henrique Lima

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