Desastre natural: quais as maiores tragédias ambientais do Brasil
O Brasil está vivenciando uma das maiores tragédias naturais; além da situação no Rio Grande do Sul, relembre alguns dos piores desastres recentes no paísO Brasil, conhecido como um país com dimensões continentais, por diversas vezes já passou por tragédias imensuráveis. Esses desastres já se repetiram diversas vezes ao longo da história. Recentemente, a população do Rio Grande do Sul está sentindo isso na pele.
Esses tipos de tragédias, principalmente as ambientais, em grande parte são influenciados pelas modificações do próprio homem que, desta forma, de algum modo modifica o meio ambiente e, em casos de fortes chuvas, poderiam ocasionar - e ocasionaram - enchentes e deslizamentos de terras.
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Porém, já houve casos em que o mesmo descaso com o meio ambiente, aliado à falta de chuva, também trouxe queimadas ou fortes secas. De toda forma, buscando impedir que esses desastres se repitam no futuro, cuidar do ecossistema deve se tornar algo necessário.
Relembre algumas das maiores tragédias ambientais que já aconteceram na história do Brasil:
Tragédias ambientais do Brasil: Rio de Janeiro (2011)
Conhecido como "o maior desastre natural brasileiro", as chuvas de 2011 na região serrana do Rio de Janeiro ocasionaram diversas enchentes e deslizamentos de terra. No número divulgado na época, foram totalizados 918 mortos e 100 desaparecidos.
Tempestades torrenciais, que começaram no dia 12 de janeiro, provocaram uma série de deslizamentos de terra em Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e Sumidouro, todas cidades cariocas. Pessoas foram enterradas vivas enquanto dormiam, entre elas crianças.
A área mais atingida foi Teresópolis, uma popular cidade turística situada numa colina, onde moradores foram soterrados sob cascatas de lama e detritos de terracota. Famílias inteiras foram enterradas vivas, enquanto aproximadamente 35 mil pessoas perderam suas casas ou tiveram que sair por conta do risco de desabamento.
Tragédias ambientais do Brasil: Mariana (2015)
Em novembro de 2015, duas barragens na cidade brasileira de Mariana romperam, liberando cerca de 40 milhões de metros cúbicos de água e rejeitos de minério de ferro da mina próxima, contaminando 640 km de água ao longo do Rio Doce.
A enchente submergiu dezenas de casas, matando 19 pessoas. A mina foi reaberta em 2020 e em 2022 obteve aprovação para expansão. A tragédia é considerada um dos principais desastres ambientais da história do país, com mais de 50 milhões de metros cúbicos de lama lançados na bacia hidrográfica do Rio Doce.
Todas as complicações oriundas deste rompimento da barragem prejudicaram a vida de 500 mil habitantes de pouco mais de 40 cidades nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo atingidas pelo vazamento, que na época se tornou o maior desastre ambiental da história do país.
Tragédias ambientais do Brasil: Brumadinho (2019)
Em 25 de janeiro de 2019, uma barragem de rejeitos da mina Córrego do Feijão (nove quilômetros a leste de Brumadinho, no estado de Minas Gerais) rompeu, liberando um fluxo de lama que engoliu a sede da mina e seu entorno e causou a morte de 270 pessoas.
A barragem era propriedade da mineradora Vale, que também esteve envolvida no desastre da barragem de Mariana em 2015. Cinco anos depois, a Vale ainda precisa honrar seu compromisso de reparar os danos que causou e de fazer justiça às famílias e comunidades afetadas.
Estes últimos vivem num ambiente altamente contaminado e temem que outro desastre mineiro possa acontecer a qualquer momento: 27 barragens estão a operar sob protocolos de emergência e duas barragens estão em risco de ruptura.
Apesar dos avisos claros sobre a estabilidade da barragem, a subsidiária da empresa alemã TÜV SÜD certificou a barragem como segura. As operações continuaram, o que acabou levando ao desastre.
No quinto aniversário, as vítimas do desastre de Brumadinho viajaram mais de 9 mil quilômetros até Munique, na Alemanha, para exigir justiça na sede da TÜV SÜD, entregar uma carta e ler os nomes das 272 vítimas fatais.
Tragédias ambientais do Brasil: Incêndio no Pantanal (2020)
Os incêndios florestais devastam o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense durante o ano de 2019 até 2020, invadindo a vasta área de conservação por todos os lados. As chamas causaram estragos ambientais incalculáveis neste rico e complexo ecossistema, queimando a vegetação, matando animais e deixando inúmeros outros sem habitat.
A temporada de incêndios de 2019 (julho a outubro) foi excepcionalmente ativa, e a escassez de chuvas durante a estação chuvosa de 2020 (dezembro a abril) significou que as áreas úmidas do Pantanal nunca tiveram a chance de se recarregar. Isso tornou mais fácil a continuação dos incêndios durante a primeira metade do ano, quando a atividade dos incêndios é mínima nesta região.
As condições excepcionalmente secas fizeram com que muitos incêndios intencionais – muitas vezes para manter pastagens – tenham escapado e ardido descontroladamente pelos ecossistemas do Pantanal.
Tragédias ambientais do Brasil: Enchentes no Rio Grande do Sul (2024)
A última grande tragédia brasileira está acontecendo atualmente. O Rio Grande do Sul vive um dos piores momentos da história. Segundo a Defesa Civil do estado, foram 100 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o estado.
Quase 400 municípios foram afetados pela pior calamidade natural que já atingiu o estado do Rio Grande do Sul, com centenas de feridos e 160 mil forçados a deixar suas casas.
Muitos não têm acesso a água potável ou eletricidade – ou mesmo meios para pedir ajuda, pois os serviços de telefone e Internet estão indisponíveis em muitos locais.
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Na terça-feira, o governador do estado, Eduardo Leite, alertou que o número de vítimas humanas provavelmente aumentaria à medida que “a emergência continua a se desenvolver” na capital do estado, Porto Alegre, e em outras cidades e vilas.