Motorista de Porsche se entrega à polícia após mandato de prisão

O motorista do Porsche que se envolveu em um acidente, Fernando Sastre de Andrade Filho, se entregou à polícia na tarde desta segunda-feira, 6. No último dia 31 de março, Fernando se envolveu em um acidente que deixou um motorista de aplicativo morto, em São Paulo.

O homem se entregou na 5ª delegacia seccional do Tatuapé na cidade de São Paulo após três dias de um mandado de prisão expedido pela justiça, segundo informações divulgadas pelo portal UOL. Motorista estava dirigindo sob efeito de álcool e acima do limite permitido para a via onde o acidente aconteceu.

O mandato de prisão em aberto contra Fernando foi expedido na noite da última sexta-feira, 3, proferida pelo desembargador João Augusto Garcia. O magistrado considerou que as medidas cautelares que foram decretadas pela primeira instância contra o motorista, como a proibição de se ausentar da comarca, não se aproximar de familiares das vítimas e manter os dados pessoais atualizados não são suficientes.

A ação foi ajuizada pela promotora de Justiça Monique Ratton, que pediu que a justiça de São Paulo, que pediu que a justiça aceitasse o recurso que foi apresentado contestando a decisão que indeferiu a prisão preventiva do motorista do Porsche.

"Existe por parte do acusado ato de influência no depoimento de testemunha, constatado após a disponibilização das gravações das imagens policiais", disse a promotora. Sastre foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo no dia 29 de abril. O MP acusava o mesmo por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, ambos na modalidade dolo eventual.

A justiça já havia negado outros dois pedidos de prisão feitos pelo ministério público.

Relembre o Caso

O caso, ocorrido no dia 31 de março, deixou o motorista de aplicativo Orlando Viana, 54, morto após a colisão. O acidente aconteceu na avenida Salim Farah Maluf às 2h29min, na madrugada.

De acordo com os relatos das testemunhas, o homem aparentava embriaguez e estava em alta velocidade. Câmeras de seguranças verificadas pela perícia indicaram que o veículo estaria a 156 km por hora na hora da colisão. O limite da via, porém, é de 50 km.

Informações preliminares também indicavam que o jovem foi retirado da cena do acidente pela própria mãe, com ela alegando que levaria o rapaz para o hospital, o que segundo as investigações não aconteceu. Imagens das câmeras corporais dos agentes confirmaram a versão de que a mulher dizia que iria levar o filho para uma unidade hospitalar.

O jovem também negou que tenha ingerido bebida alcoólica. Porém comprovantes de pagamentos de poucas horas antes do acidente, comprovam que o rapaz teria comprado bebidas em um restaurante, segundo informações da GloboNews.

 

Atualizada às 19h45min