Caso tio Paulo: advogada defende cumprimento da pena de Erika em liberdade

A prisão de Erika foi mantida após audiência de custódia nesta quinta-feira, 18; veja entrevista exclusiva com a advogada da sobrinha do homem morto

14:51 | Abr. 20, 2024

Por: Gabriela Monteiro
Mulher levou idoso para tentar sacar empréstimo no valor de R$ 17 mil (foto: Reprodução/ Redes Sociais)

A advogada de Erika Vieira, presa por levar seu tio Paulo Roberto de Braga depois de morto a uma agência bancária em Bangu, no Rio de Janeiro, entrará com o pedido para que sua cliente responda pelo processo em liberdade.

Na tarde de quinta-feira, a sobrinha do idoso passou por audiência de custódia, na qual a justiça manteve sua prisão.Em entrevista aos jornalistas Ítalo Coriolano e Rachel Gomes, no programa O POVO News dessa sexta-feira, 19, Ana Carla Correia explica que Erika tem uma filha que depende de seus cuidados.

“O que a defesa quer é que seja aplicada a lei de forma correta e equilibrada. Ela atende a todos os requisitos legais para que possa responder o processo em liberdade. Não está presente no caso dela a fumaça de um possível cometimento de um crime. A defesa técnica entende que ela tem todos os direitos de responder em liberdade e é por isso que estamos lutando”, disse a advogada.

A advogada diz ainda que Erika auxiliava e cuidava de seu tio. Não havia procuração para o instrumento público, ela não recebia para ser cuidadora, muito menos sustentada pelo idoso.

“Ele tinha a vida dele, era independente, uma pessoa sã, saudável e lúcida e que depois da internação na UPA, ficou debilitado e a senhora Erika teve acesso a ele porque ele recebeu alta da unidade de saúde, isso totalmente documentado”, explica.

Ela conta ainda que estão tentando conseguir as imagens do banco de um mês antes do ocorrido que confirmam a ida o idoso até a agência bancária, e que Erika não chegou lá para solicitar um empréstimo, mas para acompanhá-lo para a retirada do valor que foi solicitado pelo idoso.

“O seu Paulo cuidava da Erika como se fosse uma filha, há uma consanguinidade. Ela era do lar, fazia eventualmente cabelo e cuidava da filha. Então por ela ser uma pessoa que estava sempre dentro de casa e os demais trabalhavam acabava que ele ficava sob os cuidados dela, com mais necessidade depois do retorno da informação”, conta.

Caso Tio Paulo: advogada alega que Erika teve problemas psiquiátricos

A advogada diz ainda que a defesa rebate que realmente o idoso chegou vivo na agência, e que a questão da situação debilitada é inegável. Ela conta ainda que Erika teve problemas psiquiátricos após uma cirurgia bariátrica e que ela estava fora de si no momento da ida ao banco por conta da medicação que ela usava.