Padre suspeito de importunação sexual e estupro vai a prisão domiciliar
A justiça acolheu o pedido após o suspeito passar por uma cirurgia e precisar de cuidados pós-cirúrgicos
21:14 | Abr. 11, 2024
O padre Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira, suspeito pelos crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável, vai ser encaminhado para a prisão domiciliar. A justiça acolheu o pedido da defesa do padre, que alegou que o líder religioso precisava de cuidados pós-cirúrgicos, como repouso, cuidados de higiene e fisioterapia, após passar por uma cirurgia na coluna no dia 20 de março. O líder religioso foi preso nessa quarta-feira, 10, em Fortaleza.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Alexandre Paciolli cometeu os crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável com uma mesma mulher, no mês de agosto de 2022 e em janeiro de 2023, na cidade de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
A juíza do caso listou medidas cautelares que devem ser seguidas pelo suspeito nesse momento da prisão domiciliar: proibição de manter qualquer tipo de contato com a vítima e as testemunhas do caso, comparecimento mensal ao juízo de sua residência para justificar e comprovar o endereço, proibição de se ausentar da comarca de sua residência sem autorização do juízo, comparecimento a todos os atos judiciais portando cópia da decisão pela prisão domiciliar e atualizações mensais sobre o seu caso de saúde.
Qualquer descumprimento dessas medidas cautelares pode acarretar na prisão de Alexandre Paciolli.
De acordo com a denúncia do MPRJ, o suspeito é líder religioso e foi reitor da igreja do Sagrado Coração de Jesus da PUC/RJ até 2022, além disso, ele apresentou programas de televisão na TV Canção Nova. Nas suas redes sociais ele acumula mais de 200 mil seguidores.
Devido à prisão, o padre foi afastado de suas funções pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, e a PUC-RJ criou uma comissão para receber denúncias sobre ele.