Motorista de Porsche recebe novo mandado de prisão preventiva

Após acidente de carro, que levou um motorista de aplicativo de 52 anos à óbito, Fernando Sastre recebe um novo mandado de prisão preventiva

O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, motorista que matou homem de 52 anos na zona leste de São Paulo enquanto dirigia Porsche, recebeu um novo mandado de prisão preventiva.

O acidente aconteceu na noite de sábado, 30, do mês de março, quando houve a colisão do carro de Fernando com o da vítima, que trabalhava como motorista de aplicativo, na avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé.

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No dia 1º de abril, um primeiro pedido de prisão temporária contra Fernando foi negado por “não atender aos requisitos mínimos” para decretação. 

 

Argumentos utilizados para a solicitação do mandado de prisão preventiva

O novo pedido de prisão preventiva, realizado pelo delegado do 30º distrito policial, argumenta a decisão com três pontos principais:

  • A garantia da ordem pública (motorista pode vir a cometer o mesmo crime novamente)
  • A conveniência da instrução criminal (investigado poderia ameaçar ou subornar testemunhas ou vítimas)
  • A garantia da futura aplicação da lei penal (risco de fuga do país pelo alto poder aquisitivo de Fernando)

O delegado Nelson Vinícius Alves, em depoimento compartilhado pelo G1, afirma que “(Fernando) praticou crime de extrema gravidade ocorrendo a morte e lesão das vítimas, fugindo do local dos fatos e, segundo testemunhas, estaria visivelmente embriagado, e ainda, já teve sua carteira de habilitação suspensa por desrespeito às normas de trânsito, podendo vir a praticar novamente outro delito de trânsito de forma abrupta.”

Além disso, o delegado argumenta: "Quando em liberdade, pode ameaçar ou subornar testemunhas, e até a vítima, para que prestem depoimento favorável a ele em juízo, podendo forjar provas em seu favor.”

Promotora se pronuncia acerca do caso

Durante o período de análise acerca da prisão preventiva de Fernando, foi solicitado pela promotora Monique Ratton, que sua carteira de habilitação, assim como seu passaporte, fossem apreendidos.

A promotora também sugeriu uma fiança estipulada em R$500 mil, devido ao alto poder aquisitivo do motorista do Porsche.

“Segundo as apurações em andamento, há indícios claros de que (Fernando) não só dirigiu em alta velocidade, mas teve atitude totalmente descompromissada com a vida própria, do amigo e de terceiros, colocando toda a sociedade em risco ao dirigir em péssimas condições e em alta velocidade com um carro de tamanha potência, mesmo após já ter sido punido administrativamente com a suspensão da CNH", disse Ratton.

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