Fugitivos de Mossoró: quem são os homens que foram presos no Pará

A dupla de fugitivos de Mossoró, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, foi encontrada e presa na tarde dessa quinta-feira, 4. Os dois foram os primeiros a fugirem de um presídio federal no Brasil, no último dia 14 de fevereiro.

A prisão ocorreu após uma mudança na estratégia das forças de segurança. Rogério e Deibson são apontados como integrantes da facção criminosa Comando Vermelho do Acre e têm mais de 80 processos judiciais no Tribunal de Justiça do Acre, conforme informações do portal g1 Rio Grande do Norte.

Com eles, a polícia apreendeu vários celulares e um fuzil. Não houve troca de tiros com os policiais.

Fugitivos de Mossoró: por quais crimes a dupla cumpre pena?

A dupla de fugitivos é originária do Acre e, juntos, somam mais de 150 anos em condenações.

Rogério, que tem uma suástica tatuada na mão, foi condenado a 74 anos de prisão e responde a mais de 50 processos. Conhecido como Martelo, ele é acusado de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica.

Deibson, conhecido como Tatu, cumpria pena de 81 anos de prisão. Ele tem o nome ligado a mais de 30 processos, respondendo por crimes como tráfico de drogas, organização criminosa e roubo por assalto a mão armada.

Fugitivos de Mossoró: dupla se envolveu em rebelião em presídio no ano passado

Os dois foram transferidos para o presídio de segurança máxima em setembro do ano passado, após se envolverem em uma rebelião em outro presídio de segurança máxima em Rio Branco, no Acre, onde estavam antes. O confronto resultou na morte de cinco detentos.

Para onde voltarão os fugitivos de Mossoró?

Segundo o ministro Ricardo Lewandowski, Rogério e Deibson devem voltar à penitenciária de Mossoró, de onde haviam fugido. O local teve equipamentos reforçados e protocolos reformulados e aperfeiçoados. Eles devem ficar isolados dos outros detentos.

O presídio federal de Mossoró foi inaugurado em 2009 e é o único do nordeste. O local tem área de 13 mil metros quadrados e abriga mais de 200 detentos.

Também existem presídios federais em Catanduvas–PR, Campo Grande–MS, Porto Velho–RO e Brasília–DF, que abrigam detentos de alta periculosidade.

Com informações de Lucas Barbosa