Perícia nega morte violenta e afirma que sucuri Ana Júlia morreu de causas naturais

Réptil passa a fazer parte de exposições realizadas pela Polícia Ambiental de Mato Grosso do Sul. DNA da cobra foi coletado e preservado para fins científicos

10:25 | Abr. 01, 2024

Por: Kleber Carvalho
Animal tinha quase sete metros de comprimento (foto: Reprodução/Instagram)

A sucuri Ana Júlia, encontrada morta durante o último domingo, 24, na cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, faleceu de causas naturais, de acordo com perícia da Polícia Científica do Estado. A análise foi realizada por peritos e negou a versão inicial, dada pelo biólogo holandês Freek Vonk nas redes sociais, de que a cobra teria sido morta a tiros.

O animal havia se tornado um famoso “morador” da cidade depois que os vídeos de Freek, onde ele mergulha com a sucuri, viralizaram na internet. Com seis metros e 36 centímetros de comprimento, o réptil impressionou o profissional e milhões de internautas com sua imponência. As informações são do g1 Mato Grosso do Sul.

Assim que a morte de Ana Júlia foi informada, algumas versões sobre o que poderia ter causado a morte do invertebrado começaram a surgir, inclusive a de que ela teria sido morta de forma violenta. Para esclarecer as circunstâncias do falecimento, equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA) do Mato Grosso do Sul foram até o Rio Formoso, onde a cobra residia, para investigar o corpo do animal.

Em nota, a Polícia Científica afirmou que não foram encontradas perfurações ou indícios de que a cobra tenha sido morta a tiros. Após o procedimento, Ana Júlia foi levada à capital do estado, Campo Grande, onde novos exames foram realizados.

“Nós fizemos exames radiográficos, não encontramos nenhuma fratura na região da cabeça, que tinha suspeita inicialmente de ter sido lesionada, e descartamos a hipótese de morte violenta…Visto que o animal não teve uma morte violenta restou portanto uma morte por consequência de uma patologia ou alguma questão própria do animal, sem interferência humana na morte desse animal”, explicou a perita Maristela Melo de Oliveira em entrevista ao portal.

Após a confirmação da causa da morte, amostras de DNA e de outros materiais de Ana Júlia foram coletadas para sequenciamento genético e futuros interesses científicos. O animal agora passa a integrar o acervo de animais taxidermizados da PMA e fará parte das exposições realizadas pela corporação.