Alunos enviam mensagens de apoio para professora demitida por ter nudes vazados
Bruna alega que foi destratada por colegas e pela gestão da escola antes de ser demitida. Alunos entraram em contato com ela para prestar apoio
Alunos de uma escola estadual em Alto Paraíso de Goiás enviaram mensagens de apoio para a professora de história que denuncia ter sido demitida após o vazamento de fotos íntimas. Os estudantes agradeceram as aulas e manifestaram sentir saudades.
Bruna Flor de Macedo Barcelos disse ao g1 Goiás que emprestou o celular para que os alunos registrassem um evento escolar, mas eles acessaram as imagens particulares e compartilharam com os colegas.
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Ela alega que foi destratada por colegas e pela gestão da escola antes de ser demitida. Após o caso vir a tona, diversos estudantes entraram em contato com Bruna para demostrar carinho e apoio à professora.
Alunos enviam mensagens de apoio: 'Vou sentir sua falta'
Alunos e alunas agradeceram a contribuição de Bruna durante a trajetória escolar e disseram que sentirão saudades.
“Bruna vou sentir muita a sua falta, você era a melhor professora que tinha aqui. Te amo muito, você vai ser sempre lembrada”, escreveu uma estudante.
“É difícil colocar em palavras o quanto aprendi e cresci ao longo deste tempo sob sua orientação. Sua dedicação e paixão pelo ensino deixou uma marca profunda em mim. Vou sentir falta das suas aulas, mas levarei conhecimentos valiosos para toda a vida”, disse outro aluno.
Professora enfrenta dificuldades financeiras após demissão
Bruna disse em entrevista ao g1 Goiás que, desde que foi demitida em novembro, tem “vivido de favor” na casa de pessoas porque não tem como pagar aluguel.
“Estou vivendo na casa de pessoas, de 20 em 20 dias eu troco de casa. Tenho recebido muita humilhação, não estou tendo dinheiro para me alimentar, um constrangimento muito grande”, lamenta a professora.
O que diz a Secretaria Estadual de Educação de Goiás
A Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc) negou que a demissão da professora está relacionada ao vazamento das fotos íntimas. Bruna teria sido contratada em regime emergencial para suprir uma demanda da unidade escolar.
A demissão ocorreu devido à convocação de novos professores aprovados em um concurso público realizado em 2022, e assumiram em 2023, segundo o g1 Goiás. A mulher estava na escola há oito meses e tinha um contrato de cinco anos.
Já a escola afirmou que ela não poderia ter emprestado o aparelho de uso pessoal aos alunos, segundo o regimento interno. O colégio destacou que as decisões foram tomadas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que preconiza a proteção integral das crianças e de seus direitos.