MS: Idosa carregou "bebê de pedra" no ventre por mais de 50 anos

Condição médica raríssima, a litopedia é feto calcificado após morrer na gestação. Idosa passou por cirurgia para remover "bebê de pedra", mas não resistiu

Uma idosa no município de Ponta Porã morreu durante cirurgia para remoção de "bebê de pedra" carregado no ventre por mais de 50 anos. As informações são do g1 Mato Grosso do Sul.

Segundo o site, a mulher, de 81 anos, estava fazendo um tratamento para infecção urinária na cidade onde morava, mas teve uma piora no quadro clínico na última quinta-feira, 14. Ela foi então transferida ao Hospital Regional de Ponta Porã, a cerca de 80 km de Aral Moreira.

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Na unidade de saúde, ela passou por uma tomografia, e o "bebê de pedra" foi encontrado. A suspeita é que o feto tenha permanecido no corpo da idosa por 56 anos, desde a última gestação da mulher.

Ela passou por uma cirurgia para a remoção do feto e foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Apesar dos cuidados, a mulher não resistiu.

Litopedia: condição clínica do "bebê de pedra" é raríssima

A condição sofrida pela mulher se chama litopedia ou litopédio. Segundo o médico Patrick Derzi, entrevistado pelo g1, o quadro é raríssimo.

Ela ocorre quando uma gravidez ectópica — na qual o embrião se desenvolve fora do útero — termina com a morte do feto. O corpo, se não for retirado por cirurgia ou expelido naturalmente, acaba se calcificando.

Com isso, a condição pode passar anos — ou décadas, como no caso da idosa — sem ser descoberta. A demora na retirada do "bebê de pedra", porém, pode causar outros problemas de saúde.

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