Caso Robinho: ex-jogador nega culpa e alega racismo

Em entrevista, Robinho alegou que não teve oportunidade de apresentar sua versão sobre as acusações de estrupo coletivo em 2014 por conta de sua etnia; veja

Após ser condenado a nove anos de prisão por participação em estupro coletivo na Itália, Robinho voltará a julgamento, agora no Brasil, na próxima quarta-feira, 20. Três dias antes, o jogador concedeu uma entrevista ao Domingo Espetacular, da Record, alegando racismo por parte da Justiça italiana.

Durante a entrevista que foi ao ar no último domingo, 17, o jogador mencionou que o racismo na sociedade italiana é recorrente. Ele reiterou, dizendo que “os mesmos que não fazem nada com esse tipo de ato (racismo) são os mesmos que me condenaram”.

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Ele concluiu falando que o racismo que supostamente recebeu persiste até hoje. “Só joguei quatro anos na Itália e já cansei de ver histórias de racismo. Infelizmente, isso continua até hoje. Foi em 2013, estamos em 2024.”

Robinho será julgado nesta semana pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Caso seja condenado pela justiça brasileira, deve cumprir a pena no Brasil. O STJ analisará se a decisão da Justiça italiana atende aos requisitos para ser cumprida no País.

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No caso de Robinho: rejeição de culpa e acusações

Robinho admitiu ter tido uma “relação rápida” com a vítima na noite do crime, porém, sobre as acusações de que teria participado de um estupro coletivo, ele rapidamente negou.

“Tivemos uma relação superficial e rápida. A gente trocou beijos, fora isso, fui embora para casa. Em nenhum momento ela empurrou, falou 'para'”, afirmou o ex-atleta, que na época era jogador do Milan.

Ao alegar que outras pessoas haviam participado do ato, disse que o desejo seria da própria moça e que ele não concordou e saiu do ambiente. “Tinha outras pessoas no local. Quando vi que ela queria continuar com outros rapazes, eu fui embora para casa”, alegou.

Levantando novamente a pauta do racismo, ele disse que durante seu julgamento na Itália sequer teve a oportunidade de ser ouvido. “Com certeza, se o meu julgamento fosse para um italiano branco, seria diferente. Sem dúvida”, declarou.

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No caso de Robinho: julgamento nesta quarta-feira

A entrevista para a TV Record antecede o julgamento sobre a pena de Robinho pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A audiência será nesta quarta-feira, 20 de março, com a defesa do ex-jogador incluindo os documentos originais da ação penal, enquanto a Justiça italiana pede que o réu cumpra a pena no Brasil, já que não pode ser extraditado.

“Espero que aqui no Brasil eu possa ter a voz que não tive lá fora. Você quer mostrar suas provas, e não entendi o porquê, provas tão relevantes para qualquer pessoa, para eles (Justiça italiana) não foram. Todos aqueles que julgam possam ver minhas provas. Eu não sou esse monstro”, concluiu a entrevista, alegando que passou por denunciação caluniosa.

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