Conheça a esporotricose, doença que afeta animais e seres humanos
A esporotricose é causado pelo fungo Sporothrix schenckii. Seres humanos podem ser infectados com a doença, caso sejam contaminados através da arranhadura ou mordedura de animais infectados com o fungo
A esporotricose é uma doença que afeta seres humanos e diversas espécies de animais domésticos, sendo o gato o principal animal no ciclo de transmissão da doença. Ela é transmitida por uma micose subcutânea causada por um fungo chamado Sporothrix schenckii.
Médica infectologista, Lisandra Damasceno ressalta que a infecção acontece por meio de brigas, arranhaduras e mordeduras de outros bichos infectados. Entenda como prevenir a doença. De acordo com ela, os seres humanos podem se contaminar de duas formas.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
"Um dos meios de contágio é por arranhadura ou mordedura de animais infectados e a outra forma de transmissão é por materiais infectados com o fungo Sporothrix schenckii, sendo eles espinhos, palha, lascas de madeira e vegetais em decomposição, podendo ser transmitido se entrar em contato com a pele, mucosas ou ferimentos", destaca Lisandra.
Ela reforça que a esporotricose no ser humano se manifesta principalmente com lesões na pele, como nódulos e úlceras. “Também, pode acometer órgãos como o pulmão, ossos, articulações e meninges, mais comumente em pessoas imunossuprimidas”, destaca a médica.
Sintomas da esporotricose em animais
A médica veterinária, Jussara Sampaio explica que em animais domésticos, a doença se manifesta através de nodulações e abscessos, que podem surgir principalmente na região de cabeça, mucosa nasal, membros e cauda.
Jussara reforça que essas lesões podem chegar a formar crostas e úlceras, desse modo formando feridas. “Existe também a forma sistêmica da doença, que pode atingir alguns órgãos como pulmões e fígado do animal”, informa.
De acordo com veterinária os animais acometidos podem apresentar sinais inespecíficos, como letargia, falta de apetite, febre, espirros etc. "Se o tutor perceber qualquer sinal de alteração na saúde do seu pet, a recomendação é que procure um atendimento veterinário para o animal", reforça a médica veterinária.
Jussara ressalta que o tempo de cura da doença no animal vai depender da resposta dele ao tratamento. “No geral, tratamentos para infecções fúngicas tendem a demorar alguns meses, é preciso que se estenda por pelo menos mais um mês após não se notar mais sinais clínicos. O tratamento se baseia no uso de antifúngicos sistêmicos”, informa a médica veterinária.
Segundo a consultora da Coordenação Geral das Arboviroses (CGARB), da Secretaria da Saúde do Estado, Andreia Evangelista, a doença tem quatro formas de manifestação: cutânea, extracutânea, linfocutânea e disseminada. Entre elas, a mais comum é a linfocutânea, que cria nódulos na pele e, como o fungo se dissemina pela circulação linfática, cria vários nódulos "em cadeia", dando a aparência de um “rosário”.
Andreia reforça que a doença pode ser encontrado em outros animais domésticos além do gato.
"O fungo pode afetar outros bichos porém o animal mais afetado pelo fungo é o gato, além da infecção a doença pode matar tanto animais domésticos quanto seres humanos, porém, a mortalidade em humanos é variável caso o paciente já possua alguma comorbidades, que podem agravar a doença e levar a óbito" explica a consultora.
Prevenção
- Evitar mordidas de animais que estejam infectados, principalmente gatos.
- Caso o animal esteja com esporotricose, mantenha ele longe da rua durante esse período e distante de outros gatos para evitar mais transmissão.
- Castre seu animal de estimação.
- Caso o tutor suspeite de esporotricose no seu felino, deve-se procurar imediatamente um atendimento veterinário para o diagnóstico correto e tratamento da enfermidade.
- Toda e qualquer manipulação de animais doentes pelos seus donos e veterinários devem ser feitas com o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
Fonte: Jussara Sampaio, Médica Veterinária de cães e gatos.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente